domingo, 4 de janeiro de 2009

Motivando em começo de ano

Talvez esteja numa fase reflexiva por estar num período de férias (forçadas, diga-se).

Mas desejo postar um texto muito bom, para ler, pensar e refletir o quanto dificultamos nossas vidas não valorizando as coisas mais simples.

Alguns dizem que o texto é do Aristóteles Onassis, outros não. O que realmente importa é a mensagem trasmitida por ele.

"Motivação para o seu dia"
(Aristóteles Onassis - Ou não =D)

"Hoje acordei para vencer.
A automensagem positiva, logo pela manhã, é um estímulo que pode mudar seu humor, fortalecer sua autoconfiança e, pensando positivamente, você reunirá forças para vencer os obstáculos. Não deixe que nada afete seu estado de espírito.
Envolva-se pela música: cante ou ouça.

Comece a sorrir mais cedo.
Ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia.
O bom humor é contagiante; espalhe-o.
Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar.
Não se lamente, ajude-se e também ajude as outras pessoas a perceberem o que há de bom dentro delas mesmas. Não viva emoções mornas e vazias.
Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas.
Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas.
Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz.
Tudo o que merece ser feito merece ser bem feito.

Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação.
Mude, opine, ame o que você faz.
Não trabalhe só por dinheiro e sim, pela satisfação da "missão cumprida".
Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade.

Pense no melhor e espere pelo melhor.
Transforme seus momentos difíceis em oportunidades.
Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas.
Veja o lado positivo das coisas e, assim, você tornará seu otimismo uma realidade.

Não inveje. Admire!
Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio.
Idealize um modelo de competência e faça a sua auto-avaliação para saber o que aindalhe falta para chegar lá.
Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu talento.
Só assim não terá tempo para criticar os outros.

Não acumule fracassos e sim, experiências.
Tire proveito de seus erros e amplie seus conhecimentos.
Dimensione seus problemas e não se deixe abater por eles.
Você pode tudo o que quiser.

Perdoe.
Seja grande para os aborrecimentos, nobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos infelizes.
Não viva só para o seu trabalho. Tenha outras atividades paralelas, como os esportes e a leitura.Cultive amigos.
O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não devemos jogar nele todas as nossas expectativas e realizações.

Finalmente, ria das coisas à sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida. "Começamos a ser felizes quando temos capacidade de rir de nós mesmos"."

Beijos no coração, abraço no sorriso e felicidade em todo lugar!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz 2009!

Feliz 2009!

Sério mesmo, feliz 2009!
Não, não é por praxe porque todo mundo acaba te desejando, mesmo a telefonista que você nunca viu mas tem que te atender com uma frase meio mecânica. É por prazer que te desejo a maior e melhor felicidade que puderes ter em 2009.
Claro, o sentimento também serve muito bem na dona deste blog. Então, Feliz 2009 a nós!

Eu quis postar o texto que colocarei abaixo ainda no ano passado (é tão estranho pensar que ontem foi ano passado), mas pensei melhor e acredito que é bom começar o ano assim, com reflexões. É meio batido, né? Mas o que não é repetido? O que é novo? Às vezes o novo pode não combinar com o ambiente da situação.

2009 começando com Marina Colasanti é começar com os pés firmes (não o direito ou o esquerdo, pois o que importa é o equilíbrio, não?).

Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti

"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma". (1972)

Beijos no coeur, abraço fraterno no sorriso e felicidade em todos os lugares!