sexta-feira, 3 de abril de 2009

Brincadeira chata

Este é mais um post sobre minhas indagações a respeito do ser humano.

Por que complicam tanto?

Por que ferem? Por que gostam de sentir prazer em deixar o outro se sentir desprezado?

Minha angústia está acontecendo há uns dois meses. Não é constante. Mas me chateia. Me incomoda.

Quando algumas pessoas brincam elas o fazem para você se sentir bem. Outras pessoas não têm esse propósito, infelizmente.

Acredito no ditado que diz: "Toda brincadeira tem um fundo de verdade".

Se você brinca com os sentimentos do outro, com característica do outro, com a liberdade de pensamento do outro, isso não é brincar saudavelmente. É desclassificá-lo por trás de uma falsa ferramenta lúdica.

O que me acontece?

Há alguém que me faz dar um passo atrás quando sei que tenho de encontrar esta pessoa. Porque sei que ela vai tentar me intimidar pelos "cortes" na frente dos outros.

Se canto bem, então não posso. Se sou solicitada para atuar constantemente, eu não posso. Se sou chamada para participar de ações de estudo, eu não posso. Se quero falar com o outro, eu não posso. Se quero apenas usar minha voz, eu não posso.

Por que o incômodo comigo?

Se minha alegria e minha pró-atividade incomodam, sinto, sou eu. E eu sou assim, feliz do jeito que sou e tento ser.

O outro é algo desconhecido. Uma caixinha de surpresa. Às vezes é um depósito de surpresa. Esta pessoa não foi bem um depósito. Mas foi grande a decepção que tive com ela. Talvez eu tenha mascarado demais, pois alguns sinais poderiam ser pressentidos antes.

À medida que você avança, o caminho se torna indefinível, porque o tempo pode mudar, a estrada pode se apresentar de maneira diversa de seus planos, as companhias podem te surpreender.

Eu quero dividir esse sentimento com você porque sei que já teve alguma experiência assim. Todo mundo tem. A humanidade está cheia de gente tentando te derrubar de alguma maneira.

Isso é triste. Não tenho nem um pouco de orgulho em ser atingida. Por mais que você não seja o réu, ser vítima não é mérito.

E se pensarmos que reconhecemos o erro do outro, temos que pesar as consequências de nossas ações.

Não quero que isso prossiga. Não posso me omitir, mas não quero ferir.

É incrível o tamanho da responsabilidade que você adquire a cada novo ano que chega em sua vida. Não imaginava que ser adulto fosse tão complicado. Ou talvez não complicado, mas tão trabalhoso.

Não vou deixar de frequentar o ambiente onde esta pessoa se encontra. Não vou deixar de falar com ela. Apenas restringirei minha companhia com ela. Além de restringir a liberdade que possa ter comigo. Se ferir, a ferida será exposta na minha ausência, na minha face decepcionada.

É viver. Altos e baixos. A gangorra da vida é mais movimentada e maior que quando éramos crianças.

E temos nossos momentos de réus também. Não podemos esquecer.

Somos humanos. Errar é humano. Agora, persistir no erro é burrice e meia.