Vivo me surpreendendo com o tal do ser humano, principalmente com a tal da ser humana.
Incrível a capacidade que tal gênero tem de odiar o próprio gênero.
O que pra muitos poderia ser considerado estupidez, para elas é considerado autopreservação (com um bom toque de cinismo).
O que me irrita nessa história toda (e olhe que não sou uma pessoa que tendo a ficar pensando em irritações) é que um grupo que deveria ser unido por motivos óbvios não se vê como grupo! Veem-se como concorrentes. A eterna disputa por um troféu beleza. Se não beleza, ao menos, um troféu de melhor (em inteligência, simpatia, graça, liderança...).
O curioso é que isso as prejudica e nenhuma delas parece querer se importar com isso.
Já falei sobre este tópico anteriormente, mas como é uma questão de saúde mental pública costuma se repertir frequentemente.
É uma infeliz constatação saber que mulheres odeiam mulheres. Como se não houvesse uma maneira de elas enxergarem que não se deve tratar a questão como disputa.
Não existimos porque devemos nos mostrar melhores que as outras.
Não somos geradas para derrubarmos as demais candidatas num concurso por um ego mais elevado.
Homens, em sã consciência (ao menos), não querem ver mulheres se rebaixando ao posto de neanderthais (?) em nome de um coração, de um emprego ou de um 'reconhecimento' coletivo.
Meninas, isso se chama burrice!
É sim! Burrice é não querer enxergar bem a possibilidade tamanha que temos de sermos humanas melhores quando nos unimos - ou pelo menos quando não tentamos por o salto plataforma na frente da perna alheia. Talvez seja bastante difícil no começo - como é difícil reconhecer o fato de muitas de nós estar nesse dilema de 'exterminadoras de sucesso alheio'.
Claro, isso parte também dos homens. E de gays. (Espero que ninguém me xingue por usar a palavra "gay" e nem venha com discurso para encher a internet com mais um comentário descabível. Afinal, se há gays e eu os respeito porque não posso usar tal vocáculo?)
O ser humano, instintivamente, é bastante competitivo. A tal busca pelo osso maior é incessante, mesmo quando a gente sabe que o importante não é ter o maior, mas o suficiente para a gente se alimentar.
Agora, é óbvio (como uma amiga minha costuma dizer) que quando tentar nos derrubar a gente não vai ficar repetindo discurso de professora do primário: "Menina, isso é feio! Vou contar para a sua mãe!"
Se até o Divaldo Pereira Franco, que é o Divaldo, disse que se defende quando é destratado, então por que não podemos fazê-lo? A questão é só o modo como fazemos. É como o código penal costuma bem dizer: legítima defesa é você se defender fazendo uso dos modos e meios necessários para evitar o prosseguimento da má ação. Bem, há insistentes, piolhos, cri-cris... Para estes o remédio é um só: reze para esta (ou este) mal-amado e para o anjo da guarda dela (dele) - porque este parece estar meio ocupado demais jogando o Karaokê novo de Glee, no Wii. ;)
Ah! E não esqueçam de pedir também por vocês mesmas (os). Afinal, de vez em quando a síndrome de Pato Donald nos ataca e descontamos um bocado em nossos Tico e Teco - que normalmente ficam bastante chateados quando os tratamos assim. Pois a raiva só faz mal ao nosso próprio corpo.
Sei que talvez volte a repetir o post de considerações sobre o egoísmo e a inveja femininas. Ao menos espero que quando o faça esteja ainda mais confiante de que a situação caminha para uma solução pacífica nesta evolução, tão árdua, da humanidade de seres humanos de saltos tão afiados.
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