segunda-feira, 28 de março de 2011

A minha adorável irmã



She was everything that I've asked for when I was a child.
She was everything and more.

E se acaso ela estivesse presente, faria hoje 16 anos.
16 anos de muito carisma, resmungo, abano de rabo, calma, doçura, carinho e luz.

Sinto a falta dela como quem sente a falta de um parente muito próximo que morreu de súbito, mesmo sabendo que o tempo de vida de uma cadela não é tão grande.

Para alguns, ela pode ter ultrapassado as expectativas. Para mim, não.
Por mim, ela ficaria enquanto eu ficasse.

Era por ela que eu voltava pra casa, tantas vezes, mais cedo, para descer o elevador e satisfazer, apressadamente de minha parte, as suas necessidades fisiológicas.

Mas eu também voltava mais rapidamente por saber que com ela me divertiria - mesmo se ela estivesse resmungando, ao lado da mesa de jantar ou da pia da cozinha, por um pedaço de comida.

Alimentava da melhor ração! Porém, insistia em petiscar "porcarias" de ruas. E queria, por que queria, nosso prato.

Carne moída, fígado e latinha de carne ou frango eram suas paixões!

E a danada curtia frutas também!
Mas só as mais caras (costumávamos dizer que ela era fresca - ou metida à chique).

Melão, maçã argentina, pera, uva (não a verde azeda, a docinha mesmo) e passas traziam os latidos mais altos e agudos de sua voz grave.

Aliás, voz que colocou muito medo em crianças e adolescentes da vila em que residiu durante seus primeiros anos de vida. E quando elas viam o tamanho da criatura, só faltavam rolar de tanto rir.

Risos foi o que ela mais me arrancou. Principalmente quando, chateada ao não ser atendida, tentava aprontar algo.
Se descoberta, pronto!
Ela se denunciava na hora!
O rabinho entre as pernas não enganavam.

A minha trela preferida era quando ela abria bala de menta com chocolate (não era qualquer uma) sem comer a embalagem.

A danada não era só esperta. Era muito inteligente.
Ouso: mais do que muitos humanos por aí.

Com certeza, pelo brilho que ela sempre irradiou com seus olhos docemente encantadores, ela está muito bem acompanhada - e divertindo outros seres lá em cima.

Quem sabe não a encontre ainda nesta minha vida? Pois queria muito poder fazer um carinho em sua barriga comprida e macia ao menos mais uma vez.

À minha irmã de muitos apelidos, eu dedico este carinhoso e saudoso post.
Muito obrigada por tudo!
:)

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