quinta-feira, 29 de outubro de 2009

"Con te partiró (para) la vie en rose"













Em exatamente um mês terei um compromisso assaz especial. O começo da realização de um grande sonho: cantar como solista para uma plateia maior do que os ecos do chuveiro :)

Em um mês, num evento maravilhoso que acontecerá no Peixotinho, terei a honra de cantar, ao som dos meus amigos e companheiros de música e alegria, duas belas músicas: "La vie en rose" (Édith Piaf) e "Time to say goodbye (Con te partiró)" (Andrea Bocelli e Sarah Brightman).

Além de estar feliz por cantar, cantarei em dois idiomas que julgo belos: francês e italiano.

Mais do que isso? Não, a medida está exata para mostrar quanta oportunidade tenho tido para desenvolver minha habilidades nesta vida.

Amo cantar, como disse em post anterior.

É meio clichê, sei, mas quem canta seus males espanta mesmo!

Não apenas espanto males, mas desperto emoções em mim nunca dantes sentidas.

No meu aniversário (o melhor de todos, por sinal), foi assim. Cantei e senti que não poderia parar. Algo tinha começado. A música tinha começado em mim - não da maneira como estava antes, mas melhor, com mais responsabilidade.

E eu gostei dessa sensação.

A Piaf, agradeço a oportunidade da bela canção - e da inspiração (pois cantava com uma verdade...).

A Sarah Brightman, a oportunidade da linda voz que me faz querer cantar mais e mais.

Aos amigos do Peixotinho, a chance de cantar feliz ao lado de quem tanto me faz bem.

:D

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cantar ou não cantar?

Se dissesse que tenho uma voz incrivelmente bonita você acreditaria?

Ou mais: pensaria que estou apenas tentando me exibir?

É como me sinto. Sinto que tenho. Sei que canto muito bem. Tenho uma das vozes mais bem conquistadoras que conheço =P

Para alguns isso pode ser orgulho exacerbado, falta de humildade... mas humildade não é humilhação, subordinação. É reconhecer seus erros e suas virtudes e usá-los na medida certa.

Tenho certeza de que se investisse em aulas de canto, corresse atrás de patrocínio... ou seja, metesse a cara no mundo da música, teria grande chance de lograr.

Mas tenho dúvidas. Receio de me desapontar, de tornar-me até "mais uma voz entre tantas".

No Brasil, qualquer pessoa canta. Qualquer pessoa monta uma banda e pode fazer sucesso. Youtube está aí pra isso.

Porém do que adianta abrir o berreiro sem saber cantar? Gritar ao invés de cantar? Gemer (como as taquaras rachadas do brega) ao invés de cantar?

E pra cantar músicas que nada dizem além de "Meu amor, eu te amo tanto, preciso de você, meu coração é só seu, volta pra mim"... ou qualquer letra fácil dessas eu não topo.

Ser clone ou robô não são meu estilo.

Mas queria cantar além do chuveiro, da pia (enquanto lavo a louça), do quarto trancado...

O pior é que se tenho vergonha de cantar pra minha própria família como eu cantaria pra uma plateia de desconhecidos?

A vergonha é derivada da falta de prepar. Do receio de desafinar. De fazer errado. Da desaprovação (minha mesmo - quando sei que posso fazer melhor).

No fim das contas eu me complico. Me dou cadeia. Dou cadeia em minha própria voz.

Mesmo sabendo que ela é bonita.

Sabe o timbre de Sarah Brightman? E os agudos de Mariah Carey? Bem, consigo... com recomeço de estudos de voz. Já consegui um dia... há cinco anos, quando ainda fazia parte do coral (Cultura Voices).

Quem sabe crio coragem e me assumo mais. Invisto.

Enquanto isso, um trecho que gravei ano passado a pedido de um colega:

http://www.youtube.com/watch?v=M71M0y4Ymok

(Sim, não apareço para não me expor... mas essa ligeira sombra na parede é minha =D).

Beijos queridos a quem me ler!