Dia 12 de junho... dia mais desanimador do ano. Ao menos no nível carencial... hehehehehe
Eu não posso dizer que odeio o dia dos namorados.
Odiar é um verbo que rege muita carga negativa =P
Mas apenas este dia não é dos meus prediletos...
... ao menos por enquanto ;)
[Sugestão de música, neste momento, aos solteiros com bom gosto musical como eu: "I still haven't found what I'm looking for", do U2 - que também serve para decepções profissionais e pessoais em qualquer sentido]
quarta-feira, 10 de junho de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
You're the Inspiration, ou melhor, You will always be a wonderful inspiration

Ao escutar algumas canções que marcaram minha adolescência de uma maneira bastante especial não pude esquecer-me do grupo que tantas alegrias me trouxe e que por uma grande lástima teve de terminar: o Cultura Voices.
Para se ter uma noção do quão importante ele foi importante para mim, coloco abaixo a "carta de despedida" que fiz aos meus companheiros caríssimos, principalmente ao nosso great friend-teacher-conductor, Flávio Franca.
E ao transcorrer da produção das palavras e sentimentos abaixo, acredito ser redundante dizer que lágrimas de saudades e carinho rolaram em minha face de, à época, menina-moça.
"Carta às cordas vocais (e por que não ao coração?)
Ao som de músicas que para sempre marcarão minha adolescência, escrevo esta carta a todos que tiveram a grande, e única, oportunidade de dividir os sábados, das 11:00 (ou melhor, 11:10) às 13:00 (que nunca terminava realmente às 13:00, mas às 13:05 ou 13:10), com pessoas (às vezes me pergunto se eram anjos) alegres, divertidas, sérias, tímidas, crianças, adultas, idosas, maduras, molecas, mães, pais, filhas e filhos, mas, principalmente, amantes da boa música. Todos eternamente agradecidos ao nosso maior, e mais amigável, tutor musical: Flávio Franca.
Sopranos (primeiras – e corajosas -, segundas- que na hora “H” sempre se tornavam primeiras), Contraltos (as vozes preferidas de Flávio – tá, eu perdôo desta vez) e Contraltinos (os anjinhos – que Djanete me perdoe por utilizar-me de uma palavra quase patenteada por ela), Tenores (bem, quando tinha Tenor), Barítonos (os sociáveis – já que cantavam com os Tenores e com os Baixos) e Baixos (os vozes de cangaceiros, monstros do Lago Ness, e de mariaches – mas que nunca fizeram jus aos apelidos) compunham o cenário juntamente com o/a pianista do semestre (quantos não passaram pelas notas do teclado) e as três salas de aula no primeiro andar da Cultura Inglesa de Boa Viagem, que sempre esperavam pelas mãos do seu Cláudio, ou de Fernando, para tirarem suas divisórias – whiteboard. Não esqueçam de organizar as cadeiras (largas e desconfortáveis para uma boa postura coralista – noossa, como se todos a utilizassem).
Flávio entrava nas salas com uma pasta-bolsa (nunca soube definir), cheia de partituras, sempre com um sorriso – nunca demonstrava o cansaço que lhe rendiam as 11 aulas de inglês – saudando a todos os pontuais, e perguntando sobre os atrasados. De quando em vez, nosso conductor trazia o moderno teclado (que muitas, e muitas, vezes funcionou como nossa orquestra), conseguido a duras penas, e colocava-o sobre um “X” um pouco aberto. Difícil não era carregar o teclado, mas montar o “apoio” de partituras, que se chamava Hunter . Bom, não era difícil para todos porque tínhamos a enorme ajuda da nossa colega Lorena que sempre nos dava uma lição. Tudo bem, Beth e eu, uma vez, fizemos um curso intensivo de alguns segundos com o nosso melhor guitarrista Ítalo (que era mais dedicado ao coral que alguns coralistas), mas nossos conhecimentos parecem que não duraram muito tempo. Então, o teacher sentava-se no seu mais recente banco verde-limão giratório, que todos, ou a esmagadora maioria, queriam sentar; e pedia a Moisés para dar algumas notas para aquecer as vozes dos coralistas presentes. Besouros pareciam pairar no ar, cantores de ópera com os seus “Ah” ou “Oh” baixavam nos cantores da vez, fanhosos/as também não escapavam do nosso esquente.
Pronto!? Mãos à obra! Flávio ajeitava a primeira partitura no Hunter que daqui a pouco, quando virasse a primeira página, iria diretamente ao chão de carpete azul, e dificilmente voltava (só quando repetíamos a música, ou Carolzinha dava uma de assistente de partitura : P ). Sopranos, com a melodia, começavam sem relembrar a canção mesmo, direto; tinham que tê-la na ponta da língua. E tome comentários de Yang e Endie sobre o não repasso das letras. Outras línguas, às vezes (estou pegando leve quanto ao tempo) rolavam soltas, geralmente vindas dos Contraltos e Baixos (coincidentemente de Késia e Daniel). Algumas vozes agudas femininas insistiam em ser Xororós ou buzinas, e até sirenes de bombeiros. Flávio mudava a posição do banquinho para as Contraltos e os Contraltinos (Andrezinho e Felipe – os anjinhos do “No bis domine”). As sopranos começavam a conversar. “Olha a feira!” – dizia o teacher. Paravam, ou começavam a falar pianíssimo. As vozes da avó da rainha Elizabeth davam vez aos tenores. Flávio cantava com eles, ou melhor, com ele (o grande Guila – que incrivelmente, após vários semestres sem freqüentar o coro, sabia as letras de cor e salteado) e acabava cobrindo a voz dele (às vezes me pergunto como será a voz de Guila cantando – brincadeirinha teacher : P ). Papais Noéis acordem! Os baixos começavam a cantar, ou melhor, literalmente a acordar. “Não, eu quero voz de folha!” – resmungava o condutor, se utilizando de uma das várias definições de vozes do seu vocabulário musical.
Preparados? Todos começam a se ajeitar na cadeira. Mas teacher, standing ou sentado? – algumas sopranos perguntavam. Standing para o ensaio final da música em questão, e sentado quando a canção ainda está em vias de se tornar parte do repertório oficial. Geralmente, sopranos, contraltos e contraltinos começavam. E lá vai: “Alls thes sleaves are brown...” Eita “Ss” exagerados. Frases do tipo: “ Ainda vou descobrir quem é”, ou, “ Já sei de onde vêm esses “Ss”, eram anunciadas pelo maestro (que já tivera até uma batuta – a propósito, que fim levara aquela batuta, que lembrava um cano fino cortado especialmente para servir de batuta?). Tá, recomeçava a música e o “s” aparecia mais tímido, longe, já que levara um puxão de orelha. Todos afiados no California Dreaming? “Não teacher! Acho que as sopranos não estão legais neste final!” – eu pensava alto. Tudo bem, vamos passar de novo. Ok! Todo o coro. No final da música apareciam comentários do tipo: “É tá bom!”, “não agüento mais esta música!”, ou “Acho que as sopranos atrapalharam nesta parte” (geralmente comentário vindo dos baixos – que, muitas vezes, insistem em discordar das sopranos ), e “ As contraltos estavam muito fracas” (algumas sopranos resmungavam).
Próxima canção: uma nova, para variar (só que a nova já não era tão nova porque já estava sendo ensaiada aos poucos havia muito tempo, e parecia nunca ficar pronta). Mal a música começava alguém desistia dizendo: “Ah teacher, esta não está legal, é melhor a gente ir para alguma que já conhece” (escutei muito isso vindo das sopranos). “ The moment I wake up... (ou será: the morning I wake up?)”, lá estava a música de Bia, que fora ensaiada muitas vezes, mas nunca do jeito certo, pois quando chegava no “Please darling believe me (...) Belieeve me (...) When I say there’s no (...) Oone buut you (...) Please love me truuue (...) Please love me true ooh (...) Please love me true (...) Pleeease love me true (...) Pleeease love me true (...) Please love me true oh (...) Love me true forever and ever”. Pronto! Raramente se chegava além disso. Sopranos reclamavam dos baixos, que reclamavam das sopranos. Era uma briga boa de quem estava atrasado ou adiantado. Poor Bia, ainda não foi desta vez.
Houve muitas músicas que compuseram os nossos sábados tão aguardados (que para muitos eram a diversão séria do final de semana). Ainda me lembro de algumas marcantes de quando entrei no coral, aos 14 anos, até dezembro de 2004 quando o coro se dissolveu, aos meus 19, como Greensleeves, You’re the Inspiration, Intermezzo, Let it be me, Moon River, Scarborough Fair (que um dia ei de terminar), Christmas Medley (que trazia as anjinhas e os papais noéis do coro, principalmente no “angels we have heard on high sweetly singing o’er the plains ... glo...ri-a in excelsis de-o”, que trouxe tantas dores de cabeça à Flávio com o “inecheucis” de alguns coralistas insistentes em errar nesta parte todos os anos), Sabbath Prayer, Cantos Kraó, Let the River Run, Blue Moon, We are the Champions, Happy Day, Silent Night, California Dreamin’ e The Lord’s Prayer. Ainda há aquelas inesquecíveis pelo tédio, ou repulsa, geral que provocaram como Wade in the Water, March with me e Beauty and the Beast (em alguns casos de trauma). E finalmente as ensaiadas mas nunca terminadas, nem apresentadas como I’ll Say a Little Prayer For You, All I Ask of You, Gloria (lembram-se desta?), Henrique V (ou oficialmente Henrique VIII por Flávio) mais conhecido também como “no bis domine”, Bridge Over Troubled Water, Andança e ABC do Sertão(sim havia músicas em português no coro de cultura inglesa), The Sound of Silence, Conquest of Paradise, Turandot e Coro di Schiavi Ebrei ou Va pensiero (esta é das antigas). Além das cantadas pelos solistas como She, Imagine, Somewhere Over the Rainbow, Summertime, Yesterday, Swing Low Sweet Chariot, Don’t let the Sun Go Down On Me, e das canções criadas pelo teacher para esquentar as vozes ou para ajudar os coralistas a acharem o tom certo como Suely Maria Antonieta Rosely Mafalda Marylu Patrícia, O Rei Fernando Sétimo Usava Paletó, e Vem Cá Djanete Vem Cá.
Sei que muitos lembrarão das canções acima e que cantarão em mente, ou em voz alta/baixa mesmo, e que por algum motivo indescritível se sentirão tocados pelo espírito de equipe e família que se criou naquele lugar mágico que com certeza deixará saudades, uma palavra tipicamente brasileira que pode ser compreendida pelos coralistas mais sortudos do mundo, creio eu, por terem um grande pai, um amigo, e um professor e tanto que mesmo se esforçando além de seus limites não foi valorizado pelos bambans e pelas pedritas da vida. Mas não vamos nos aborrecer nesta carta-confissão e sim abrir espaço aos bons e memoráveis sentimentos e recordações, sem viver de passado, mas projetando no futuro amizades tão sólidas e bonitas quanto as conquistadas no Cultura Voices.
Parece que finalmente consegui chegar ao último parágrafo da minha carta iniciada em dezembro de 2004, quase aos prantos, e finalizada (ao menos por enquanto) em maio de 2005, com orgulho. Há muita coisa para ser dita, para ser escrita, mas num mundo em que se vive para, e sem, o tempo tento resumir um pouco do que me fez acreditar que um dia pudesse ser mais que uma cantora de chuveiro ou de Karaokê (instrumento que me fez ser “descoberta” por Flávio fazendo-me entrar no coro em 2000). Não digo adeus, mas até logo pois nada está acabado nesta vida e sim por ser completado, e no nosso caso também contemplado, por todos os participantes e admiradores do Cultura Voices de Sábado, das 11:10 às 13:10, na Cultura Inglesa de Boa Viagem e de Boa Música.
Endie Eloah,
primeira soprano,
06 de Maio de 2005."
sábado, 9 de maio de 2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Gandhiando

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
Daria a capacidade de escolher novos rumos, novos caminhos.
Deixaria, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
Além da ação o cultivo à amizade.
E, quando tudo mais faltasse, deixaria um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída”.
Gandhi
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Brincadeira chata

Por que complicam tanto?
Por que ferem? Por que gostam de sentir prazer em deixar o outro se sentir desprezado?
Minha angústia está acontecendo há uns dois meses. Não é constante. Mas me chateia. Me incomoda.
Quando algumas pessoas brincam elas o fazem para você se sentir bem. Outras pessoas não têm esse propósito, infelizmente.
Acredito no ditado que diz: "Toda brincadeira tem um fundo de verdade".
Se você brinca com os sentimentos do outro, com característica do outro, com a liberdade de pensamento do outro, isso não é brincar saudavelmente. É desclassificá-lo por trás de uma falsa ferramenta lúdica.
O que me acontece?
Há alguém que me faz dar um passo atrás quando sei que tenho de encontrar esta pessoa. Porque sei que ela vai tentar me intimidar pelos "cortes" na frente dos outros.
Se canto bem, então não posso. Se sou solicitada para atuar constantemente, eu não posso. Se sou chamada para participar de ações de estudo, eu não posso. Se quero falar com o outro, eu não posso. Se quero apenas usar minha voz, eu não posso.
Por que o incômodo comigo?
Se minha alegria e minha pró-atividade incomodam, sinto, sou eu. E eu sou assim, feliz do jeito que sou e tento ser.
O outro é algo desconhecido. Uma caixinha de surpresa. Às vezes é um depósito de surpresa. Esta pessoa não foi bem um depósito. Mas foi grande a decepção que tive com ela. Talvez eu tenha mascarado demais, pois alguns sinais poderiam ser pressentidos antes.
À medida que você avança, o caminho se torna indefinível, porque o tempo pode mudar, a estrada pode se apresentar de maneira diversa de seus planos, as companhias podem te surpreender.
Eu quero dividir esse sentimento com você porque sei que já teve alguma experiência assim. Todo mundo tem. A humanidade está cheia de gente tentando te derrubar de alguma maneira.
Isso é triste. Não tenho nem um pouco de orgulho em ser atingida. Por mais que você não seja o réu, ser vítima não é mérito.
E se pensarmos que reconhecemos o erro do outro, temos que pesar as consequências de nossas ações.
Não quero que isso prossiga. Não posso me omitir, mas não quero ferir.
É incrível o tamanho da responsabilidade que você adquire a cada novo ano que chega em sua vida. Não imaginava que ser adulto fosse tão complicado. Ou talvez não complicado, mas tão trabalhoso.
Não vou deixar de frequentar o ambiente onde esta pessoa se encontra. Não vou deixar de falar com ela. Apenas restringirei minha companhia com ela. Além de restringir a liberdade que possa ter comigo. Se ferir, a ferida será exposta na minha ausência, na minha face decepcionada.
É viver. Altos e baixos. A gangorra da vida é mais movimentada e maior que quando éramos crianças.
E temos nossos momentos de réus também. Não podemos esquecer.
Somos humanos. Errar é humano. Agora, persistir no erro é burrice e meia.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Em (franca) atividade
Voltei a cantar e a atuar, principalmente o primeiro.
Me encontrei num grupo há 3 meses. Me encontraram, eu acredito.
E a sensação não poderia ser melhor. Afinal, as duas atividades que eu mais amo fazer estão inseridas mais do que nunca em minha vida.
Meu grilo falante não me deixa em paz enquanto eu não admitir que também amo escrever e ler. Ok, registrado.
As demandas de atuação e canto aumentam a cada mês. Isso é bom. Muito bom.
Sabe quando você estava sentindo falta de atividades? De sentir-se útil? E nada melhor do que sentir-se útil fazendo aquilo que gosta com amor e dedicação.
O grupo do qual falo é o MEEB, uma mocidade espírita que se tornou meu ponto de encontro de debates importantes, amizades, sorrisos, reflexões... semanais. O sábado é quase que sacramente dedicado a ele.
É bom saber que estou ampliando os contatos (meus amigos do orkut aumentaram... e não são fakes, o que é um ótimo sinal, hehehehe) e as possibilidades de ação.
Eu sei, seria ótimo também conseguir conquistar um espaço remunerado. Mas vou conseguir. Tenho fé que vou.
Estudo (ok, grilinho, eu vou admitir que não tanto quanto deveria) em casa mesmo para concursos. E estou me interessando mais e mais em (re)adquirir conhecimentos para poder trabalhar, empregar-me naquilo que estudei tanto para ser.
Aliás, como bem disse uma companheira do MEEB, eu sou polivalente. Isso é muito bom e é uma grande responsabilidade. Quanto mais se tem, mais será cobrado. Então, estou lascada, hehehe
Atuar, cantar, escrever, lecionar, contar histórias, administrar são atividades que me encantam e que tenho plena consciência de que faço bem.
E cada vez mais penso que meu lugar ao Sol não é nem um pouco pequeno... mas só falta achá-lo nessa imensidão social.
Estou no caminho certo. Isso eu sei. Só falta um pouco mais de firmeza no acelerador e não esquecer de reabastecer o carro ;)
Me encontrei num grupo há 3 meses. Me encontraram, eu acredito.
E a sensação não poderia ser melhor. Afinal, as duas atividades que eu mais amo fazer estão inseridas mais do que nunca em minha vida.
Meu grilo falante não me deixa em paz enquanto eu não admitir que também amo escrever e ler. Ok, registrado.
As demandas de atuação e canto aumentam a cada mês. Isso é bom. Muito bom.
Sabe quando você estava sentindo falta de atividades? De sentir-se útil? E nada melhor do que sentir-se útil fazendo aquilo que gosta com amor e dedicação.
O grupo do qual falo é o MEEB, uma mocidade espírita que se tornou meu ponto de encontro de debates importantes, amizades, sorrisos, reflexões... semanais. O sábado é quase que sacramente dedicado a ele.
É bom saber que estou ampliando os contatos (meus amigos do orkut aumentaram... e não são fakes, o que é um ótimo sinal, hehehehe) e as possibilidades de ação.
Eu sei, seria ótimo também conseguir conquistar um espaço remunerado. Mas vou conseguir. Tenho fé que vou.
Estudo (ok, grilinho, eu vou admitir que não tanto quanto deveria) em casa mesmo para concursos. E estou me interessando mais e mais em (re)adquirir conhecimentos para poder trabalhar, empregar-me naquilo que estudei tanto para ser.
Aliás, como bem disse uma companheira do MEEB, eu sou polivalente. Isso é muito bom e é uma grande responsabilidade. Quanto mais se tem, mais será cobrado. Então, estou lascada, hehehe
Atuar, cantar, escrever, lecionar, contar histórias, administrar são atividades que me encantam e que tenho plena consciência de que faço bem.
E cada vez mais penso que meu lugar ao Sol não é nem um pouco pequeno... mas só falta achá-lo nessa imensidão social.
Estou no caminho certo. Isso eu sei. Só falta um pouco mais de firmeza no acelerador e não esquecer de reabastecer o carro ;)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Meu jardim
“Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim”
Belíssima canção de Vander Lee, minha mais recente “descoberta” musical e, por que não, literária.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Compartilhando um desabafo / A perda de um guia
Vontade de compartilhar minha angústia pela "despedida" do mestre Carta de seu blog e da CartaCapital.
O desabafo foi feito no blog dele e no do Paulo Henrique Amorim.
"Mestre Mino Carta, por favor não nos abandone neste blog e nem na CartaCapital.
Apoio piamente a escrita do livro, e tenho certeza de que encontrará um editor à altura de seus escritos.
Mas peço, suplico, que não se esvaia diante desse cenário caótico, triste e vergonhoso que é a política brasileira, e também o circo da mídia nativa.
Sou jornalista desempregada que ainda não tem experiência na área, infelizmente, mas que ainda acredita num jornalismo decente e num espaço de produção crítica onde possa fazer parte para poder contribuir com o desenvolvimento social do meu país.
Numa palestra aqui em Recife, disse-lhe, junto ao PHA, que vc era a minha maior inspiração jornalística. E também confessei-lhe: quando entrei na faculdade, todos diziam que seria a próxima Fátima Bernardes. Mas quando concluí minha visão tinha mudado bastante: queria seguir os passos de Mino Carta.
Então, peço-lhe que repense, e não deixe seus "filhos leitores" castigados pelas babás-monstros como Míriam Leitão, Diogo Mainardi, Clóvis Rossi, Ali Kamel...
Não abandone o time importantíssimo ao jornalismo crítico e produtivo donde PHA, Luis Carlos Azenha, Nassif e Rodrigo Vianna, citando alguns, fazem parte.
Un abraccio fraterno nel nuostro caro nonno giornalista!"
Jornalismo político não é fácil, mas é estimulante quando se tem alguém com tanta garra e inteligência ajudando a guiá-lo. Se um dos guias cansa, mais um ponto para os opositores.
O bom jornalismo perdeu um importante guia?
Só o tempo dirá... espero que a resposta seja negativa.
O desabafo foi feito no blog dele e no do Paulo Henrique Amorim.
"Mestre Mino Carta, por favor não nos abandone neste blog e nem na CartaCapital.
Apoio piamente a escrita do livro, e tenho certeza de que encontrará um editor à altura de seus escritos.
Mas peço, suplico, que não se esvaia diante desse cenário caótico, triste e vergonhoso que é a política brasileira, e também o circo da mídia nativa.
Sou jornalista desempregada que ainda não tem experiência na área, infelizmente, mas que ainda acredita num jornalismo decente e num espaço de produção crítica onde possa fazer parte para poder contribuir com o desenvolvimento social do meu país.
Numa palestra aqui em Recife, disse-lhe, junto ao PHA, que vc era a minha maior inspiração jornalística. E também confessei-lhe: quando entrei na faculdade, todos diziam que seria a próxima Fátima Bernardes. Mas quando concluí minha visão tinha mudado bastante: queria seguir os passos de Mino Carta.
Então, peço-lhe que repense, e não deixe seus "filhos leitores" castigados pelas babás-monstros como Míriam Leitão, Diogo Mainardi, Clóvis Rossi, Ali Kamel...
Não abandone o time importantíssimo ao jornalismo crítico e produtivo donde PHA, Luis Carlos Azenha, Nassif e Rodrigo Vianna, citando alguns, fazem parte.
Un abraccio fraterno nel nuostro caro nonno giornalista!"
Jornalismo político não é fácil, mas é estimulante quando se tem alguém com tanta garra e inteligência ajudando a guiá-lo. Se um dos guias cansa, mais um ponto para os opositores.
O bom jornalismo perdeu um importante guia?
Só o tempo dirá... espero que a resposta seja negativa.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Motivando em começo de ano
Talvez esteja numa fase reflexiva por estar num período de férias (forçadas, diga-se).
Mas desejo postar um texto muito bom, para ler, pensar e refletir o quanto dificultamos nossas vidas não valorizando as coisas mais simples.
Alguns dizem que o texto é do Aristóteles Onassis, outros não. O que realmente importa é a mensagem trasmitida por ele.
"Motivação para o seu dia"
(Aristóteles Onassis - Ou não =D)
"Hoje acordei para vencer.
A automensagem positiva, logo pela manhã, é um estímulo que pode mudar seu humor, fortalecer sua autoconfiança e, pensando positivamente, você reunirá forças para vencer os obstáculos. Não deixe que nada afete seu estado de espírito.
Envolva-se pela música: cante ou ouça.
Comece a sorrir mais cedo.
Ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia.
O bom humor é contagiante; espalhe-o.
Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar.
Não se lamente, ajude-se e também ajude as outras pessoas a perceberem o que há de bom dentro delas mesmas. Não viva emoções mornas e vazias.
Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas.
Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas.
Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz.
Tudo o que merece ser feito merece ser bem feito.
Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação.
Mude, opine, ame o que você faz.
Não trabalhe só por dinheiro e sim, pela satisfação da "missão cumprida".
Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade.
Pense no melhor e espere pelo melhor.
Transforme seus momentos difíceis em oportunidades.
Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas.
Veja o lado positivo das coisas e, assim, você tornará seu otimismo uma realidade.
Não inveje. Admire!
Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio.
Idealize um modelo de competência e faça a sua auto-avaliação para saber o que aindalhe falta para chegar lá.
Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu talento.
Só assim não terá tempo para criticar os outros.
Não acumule fracassos e sim, experiências.
Tire proveito de seus erros e amplie seus conhecimentos.
Dimensione seus problemas e não se deixe abater por eles.
Você pode tudo o que quiser.
Perdoe.
Seja grande para os aborrecimentos, nobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos infelizes.
Não viva só para o seu trabalho. Tenha outras atividades paralelas, como os esportes e a leitura.Cultive amigos.
O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não devemos jogar nele todas as nossas expectativas e realizações.
Finalmente, ria das coisas à sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida. "Começamos a ser felizes quando temos capacidade de rir de nós mesmos"."
Beijos no coração, abraço no sorriso e felicidade em todo lugar!
Mas desejo postar um texto muito bom, para ler, pensar e refletir o quanto dificultamos nossas vidas não valorizando as coisas mais simples.
Alguns dizem que o texto é do Aristóteles Onassis, outros não. O que realmente importa é a mensagem trasmitida por ele.
"Motivação para o seu dia"
(Aristóteles Onassis - Ou não =D)
"Hoje acordei para vencer.
A automensagem positiva, logo pela manhã, é um estímulo que pode mudar seu humor, fortalecer sua autoconfiança e, pensando positivamente, você reunirá forças para vencer os obstáculos. Não deixe que nada afete seu estado de espírito.
Envolva-se pela música: cante ou ouça.
Comece a sorrir mais cedo.
Ao invés de reclamar quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia.
O bom humor é contagiante; espalhe-o.
Fale de coisas boas, de saúde, de sonhos, com quem você encontrar.
Não se lamente, ajude-se e também ajude as outras pessoas a perceberem o que há de bom dentro delas mesmas. Não viva emoções mornas e vazias.
Cultive seu interior, extraia o máximo das pequenas coisas.
Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima e precisa delas.
Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais feliz.
Tudo o que merece ser feito merece ser bem feito.
Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação.
Mude, opine, ame o que você faz.
Não trabalhe só por dinheiro e sim, pela satisfação da "missão cumprida".
Lembre-se: nem todos têm a mesma oportunidade.
Pense no melhor e espere pelo melhor.
Transforme seus momentos difíceis em oportunidades.
Seja criativo, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas.
Veja o lado positivo das coisas e, assim, você tornará seu otimismo uma realidade.
Não inveje. Admire!
Seja entusiasta com o sucesso alheio como seria com o seu próprio.
Idealize um modelo de competência e faça a sua auto-avaliação para saber o que aindalhe falta para chegar lá.
Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo sua habilidade e seu talento.
Só assim não terá tempo para criticar os outros.
Não acumule fracassos e sim, experiências.
Tire proveito de seus erros e amplie seus conhecimentos.
Dimensione seus problemas e não se deixe abater por eles.
Você pode tudo o que quiser.
Perdoe.
Seja grande para os aborrecimentos, nobre para a raiva, forte para vencer o medo e feliz para permitir a presença de momentos infelizes.
Não viva só para o seu trabalho. Tenha outras atividades paralelas, como os esportes e a leitura.Cultive amigos.
O trabalho é uma das contribuições que damos para a vida, mas não devemos jogar nele todas as nossas expectativas e realizações.
Finalmente, ria das coisas à sua volta, ria de seus problemas, de seus erros, ria da vida. "Começamos a ser felizes quando temos capacidade de rir de nós mesmos"."
Beijos no coração, abraço no sorriso e felicidade em todo lugar!
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Feliz 2009!
Feliz 2009!
Sério mesmo, feliz 2009!
Não, não é por praxe porque todo mundo acaba te desejando, mesmo a telefonista que você nunca viu mas tem que te atender com uma frase meio mecânica. É por prazer que te desejo a maior e melhor felicidade que puderes ter em 2009.
Claro, o sentimento também serve muito bem na dona deste blog. Então, Feliz 2009 a nós!
Eu quis postar o texto que colocarei abaixo ainda no ano passado (é tão estranho pensar que ontem foi ano passado), mas pensei melhor e acredito que é bom começar o ano assim, com reflexões. É meio batido, né? Mas o que não é repetido? O que é novo? Às vezes o novo pode não combinar com o ambiente da situação.
2009 começando com Marina Colasanti é começar com os pés firmes (não o direito ou o esquerdo, pois o que importa é o equilíbrio, não?).
Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti
"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma". (1972)
Beijos no coeur, abraço fraterno no sorriso e felicidade em todos os lugares!
Sério mesmo, feliz 2009!
Não, não é por praxe porque todo mundo acaba te desejando, mesmo a telefonista que você nunca viu mas tem que te atender com uma frase meio mecânica. É por prazer que te desejo a maior e melhor felicidade que puderes ter em 2009.
Claro, o sentimento também serve muito bem na dona deste blog. Então, Feliz 2009 a nós!
Eu quis postar o texto que colocarei abaixo ainda no ano passado (é tão estranho pensar que ontem foi ano passado), mas pensei melhor e acredito que é bom começar o ano assim, com reflexões. É meio batido, né? Mas o que não é repetido? O que é novo? Às vezes o novo pode não combinar com o ambiente da situação.
2009 começando com Marina Colasanti é começar com os pés firmes (não o direito ou o esquerdo, pois o que importa é o equilíbrio, não?).
Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti
"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma". (1972)
Beijos no coeur, abraço fraterno no sorriso e felicidade em todos os lugares!
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