sábado, 5 de dezembro de 2009

Dependência

Qualquer dependência estraga, incomoda e é desconfortante.

Dependência profissional, de carona, de ação, de reação, de comida, de emoção.

Sei que o ser humano é um ser que depende de todos os outros para poder evoluir.

Mas é tão difícil e intrigante isso.

Pode ser uma atitude egoísta pensar que seria melhor menos dependências, mas há dependências e dependências.

As minhas ainda são enormes. E confusas.

Na verdade, eu sou confusa. Me confundo ao não saber direcionar-me. Penso que sei para onde estou indo. Mas a cada curva me surpreendo ao perceber que estou perdida.

Desculpe, sei que parece não ser necessário, mas tenho que falar uma palavra que sinto explodir em meu peito no momento: Que MERDA!

É muito ruim crescer. Ser adulto.

Eu nunca pensei que desse tanto trabalho. É muita responsabilidade. E tudo muito improgramável.

É agoniante.

Seus sentimentos mudam. O coração é bombardeado, e cobrado, a cada dia.

É estressante.

E quando você pensa que sabe o que está fazendo... não o sabe!

Eu não me reconheço mais.

Meus planos mudam a cada semana. Por puro medo de errar.

Um passo em falso e a sua reputação, ou seu futuro, vai pro beleléu.

Lógico que o primeiro pensamento que vem é: "como era tão mais fácil ser criança".

Mas todos têm que crescer, né?

É a exigência natural da evolução.

Posso ser espírita, porém ainda acho que falta muito, um enoooooorme abismo entre aceitar a teoria e colocá-la em prática.

Ser humano é reclamante por natureza, eu o sei bem. Eu reclamo muito. Meu anjo da guarda deve estar com os ouvidos doloridos nesses 24 anos de existência.

Entretanto, sou uma mente pensante, e pensamentos de qualquer grau me ocorrem.

É, pelo o que percebem estou bem revoltada hoje.

Acho que nunca tive tantas percepções, descobertas, quebradas de cara em tão pouco tempo.

Desde que fiz 24 anos parece que entrei num campo minado (e as minas são muitas - é cada uma que deixa cada ferida).

PARA O ÔNIBUS MOTÔ, EU QUERO DESCER!

Mas não dá pra descer, né?

Tem que seguir em frente. Afinal, se o motorista parar é porque eu parei.
Quem conduz o ônibus sou eu. E se parar, literalmente, é porque desencarnei.

Espero que demore bem muito pra voltar à pátria espiritual. Mas espero, ainda mais, que quando volte sinta no peito a sensação de dever cumprido.

Vamos ver.
Literalmente, vamos ver o que eu faço de minha vida.

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