terça-feira, 13 de novembro de 2012

Consulta médica (sobre o fim dos tempos?)

Endie: Doutor, ando muito arretada com muita coisa ao meu redor.

Médico: O que exatamente, minha filha?

Endie: Ah, sabe, o mundo não é tão legal assim quando a gente se aproxima mais dele.

Médico: Explique melhor.

Endie: Não consigo acreditar no fato de que a minha felicidade ou até minha simpatia podem afetar pessoas ao meu redor de tal maneira que passam a querer, a qualquer custo, me tirar de um pedestal no qual eles próprios me colocaram.

Médico: Hum

Endie: E eu nem gosto de alturas, doutor!

Médico: E esses 1,74m?

Endie: Ah, dessa altura eu nunca abri mão. Sabe como é: pra sustentar essa moça aqui, cheia de criatividade, otimismo (tá se rachando, mas não se esvairá nunca!), simpatia e autoconfiança, menos do que 1,74m não seria suficiente.

Médico: Eis uma verdade.

Endie: Mas, doutor, qual a prescrição médica pra minhas desilusões neste mundo de meu Deus?

Médico: Minha filha, a solução não é fácil. Afinal, remédio para não passar por decepções ainda não existe. Mas, pra você, tenho uma receita perfeita.

Endie: Qual?

Médico: Música! Muita música boa e de qualidade. Ah, mas só funcionará com uma condição.

Endie: ... [cara de espera, com as sombrancelhas arqueadas]

Médico: Só se você cantá-las. Aí seu coração vai ter uma dose de recarga suficiente para aguentar mais trancos da vida.

Endie: Poxa, muito obrigada, doutor. E quanto lhe devo pela consulta?

Médico: Uma canção.

E ela cantou "Somewhere only we know" com a alma meio capenga, mas com o coração renovado após se energizar com o poder da música.

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