Gritos constantes, raivas desconcertantes
Vísceras expostas, cuspes de sangue
Turbilhão de ideias desorganizadas
De quê adiantam?
Para quê tão frequentemente se adiantam?
Das etiquetas de grife que clamam por atenção
Às falhas humanas que se expõem
Sem risco de se desafortunarem
Ganham sentido de bons valores
Pura ilusão!
De destruição em destruição
Agressão em agressão
Sinto a pena sangrar
Em cada palavra a desgarrar da mente
Que mente para não lacrimejar
Enquanto corações amam dilacerar
Cérebros cercam a próxima vítima
Sem piedade, torcem por serem temidos
Odiados, odiosos e apodrecidos
Em marcha robótica a um futuro presente insuportável
Na terra que outrora brotava flor
Dor de fato passo a carregar
E mesmo que o fruto escasso do amor
Se desfaça em mil pedaços em meio ao chão
Sem adubo certo
Ou sem boa iluminação
Rezo, peço, penso
Que bom que tal mal
Tal pesado e cortante mal
Não atingiu a todos
Apenas aos muitos tolos
Que pensam serem mais que humanos
Quando, de fato, são menos humanos
Meros menos humanos
Cada vez mais, menos humanos
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