Sabe aquela sensação de conforto, tranquilidade e bem-estar emocional que te dá um prazer enorme?
Bem, atualmente não estou me sentindo assim.
Não que esteja aperriada ou com raiva do mundo.
Paradoxalmente falando, sinto que estou muito feliz com os rumos que minha vida está tomando, inclusive com os nós na garganta que andam aparecendo semanalmente.
É incrível o poder de querer influenciar a vida alheia que existe nas pessoas. O tal do ser humano é um ser curioso.
Para cada nova situação, uma solução! E tudo parece tão simples, não é?
Conseguem resolver nossas vidas com algumas orações subordinadas.
Aliás, subordinados ficamos também, afinal, pra quê esquentar a cabeça raciocinando sobre sua própria vida se há outros fazendo isso?
A questão é que, normalmente, as soluções não são as melhores.
Quem geralmente te diz o que fazer, mesmo sem perguntá-lo a opinião, é quem menos deveria dar sugestão.
E isso tem me incomodado como uma pedrinha no dedo mínimo esquerdo.
É, os aprendizados de uma vida longe da família, dos colegas já habituados e da cidade conhecida têm sido enormes.
Aliás, têm vindo num intensivão de vida.
Mas quem menos usufrui desses "conselhos" todos é a gente.
O que nós queremos?
Quero dizer, o que EU quero?
No momento, eu quero/preciso ficar mais quieta.
Estou aprendendo a não notar a plateia pra não falar demais. Afinal, infelizmente, há algumas criaturas que se alimentam de frustrações alheias.
Então, plateia é bom. Principalmente quando você faz o que mais ama: no meu caso, cantar.
Fora isso, é bom aprender a ser plateia. Manifestar-se de quando em quando, entretanto, só quando necessário para o bem da sua humanidade.
So, voltar-se para o EU é bom sim. É ótimo, e deve ser feito sem tantas restrições.
Pois se as pessoas se voltassem um pouquinho mais pros seus próprios umbigos notariam algumas pequenas sujeirinhas (e assim poderiam se preocupar em limpá-las antes de querer colocar os dedos em umbigos alheios).
Não que devamos esquecer os outros. Longe disso!
Só uma questão de menos falar e mais ouvir/ver.
Bom, eu quero ser mais eu.
Curtir mais, temer menos.
Liberar as cordas vocais e soltar uns agudos afinados é sempre bom, ainda mais quando se ama cantar e se canta tão bem.
Há ouvidos por aí que querem escutar-me.
Disso eu sei.
Por isso acredito que tenha chegado nesse ponto: sem mais sapos para engolir. Pois que há melhores pratos a serem digeridos.
Vou soltar as notas.
Talvez desafine, pela falta de treino de tantos e tantos anos.
Mas de que vale acertar se não se sabe quando se erra?
E lá vou eu... Solar. :)
2 comentários:
Endie, Endie... viver sozinha traz tantos aprendizados...
Fico feliz por você estar amadurecendo e encontrando seus limites nesta vida tão cheia de emboscadas.
Beijos
É verdade, Katy!
É bem difícil viver sozinha e longe da família e dos amigos.
Mas, depois que passa a tempestade, é que a gente vê o quanto é importante esse crescimento/ aprendizado diário.
Beijos!!
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