Diz o ditado: "O passarinho não canta porque está feliz, ele está feliz porque canta".
Não tenho cantado o quanto quero, nem o quanto preciso. Mas fico feliz quando o faço. Minha felicidade é, também, cantar.
Pensando no que tanto quero é que comecei a me perguntar: o que de fato quero?
O questionamento é bastante pertinente em meu cenário um pouco agitado, assumo, ultimamente.
"Donas de Felicidades" têm me procurado. Então, deveria estar receosa? Receosa pois que estou, e bastante.
Felicidades alheias são boas, igualmente me fazem bem. Porém, o que me intriga são aquelas que tentam visualizar em mim. "Aquela velha opinião formada sobre tudo".
Todo mundo tem opiniões (e pitacos, sim, esses vêm aos montes - e têm sido recorrentes em minha vida, até então levada a passos calmos e calculados).
O incômodo surge quando essas opiniões interferem no meu ser.
Sou simples. Mas não o sei ser quando o são por mim.
Fico confusa. Estou confusa. E isso é ruim.
Ok, por certo admitamos a importância de se mexer nas estruturas. Ventos mais fortes são bons para mover as velas.
Entretanto, e quando esses ventos ajudam a chamuscar as velas?
Chamas clamam pela vida. Mas pelo fogaréu e pelos ventos intensos minhas velas estão quase a derreter.
São fogos e artifícios alheios que têm aparecido com uma intensidade jamais vista.
Devo admitir que gosto de rotinas até certo ponto. Temperos diferentes são sempre bem-vindos, de quando em quando.
Porém, quero poder mudar a direção das minhas próprias velas. Içar a âncora e navegar mares desconhecidos. Desbravar terras diferentes que me façam querer conhecê-las mais e mais. Apaixonar-me pelo novo horizonte e com a possibilidade de segurar o leme de minha embarcação.
Há capitães de areias por demais ao meu redor. Acho que estou vendo a hora de a tempestade em mim brotar e devolvê-las às suas praias, onde deveriam ficar, para que possam ser ao menos, e com tanta empolgação, matéria-prima de castelos quiméricos.
"Intenção sem ação é ilusão. Ouse fazer e o poder lhe será dado", disse o Dr. Lair Ribeiro (em O sucesso não ocorre por acaso).
Eu quero. Eu vou conseguir o que quero.
(Peço permissão pela cacofonia a mim necessária, tamanha a vontade de escolher as minhas próprias cartas náuticas)
Só não quero que o que quer que eu queira queiram-no por mim!
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