segunda-feira, 4 de março de 2013

Navegar é preciso! (Só não quando o fazem por mim)

Diz o ditado: "O passarinho não canta porque está feliz, ele está feliz porque canta".

Não tenho cantado o quanto quero, nem o quanto preciso. Mas fico feliz quando o faço. Minha felicidade é, também, cantar.

Pensando no que tanto quero é que comecei a me perguntar: o que de fato quero?

O questionamento é bastante pertinente em meu cenário um pouco agitado, assumo, ultimamente.

"Donas de Felicidades" têm me procurado. Então, deveria estar receosa? Receosa pois que estou, e bastante.

Felicidades alheias são boas, igualmente me fazem bem. Porém, o que me intriga são aquelas que tentam visualizar em mim. "Aquela velha opinião formada sobre tudo".

Todo mundo tem opiniões (e pitacos, sim, esses vêm aos montes - e têm sido recorrentes em minha vida, até então levada a passos calmos e calculados).

O incômodo surge quando essas opiniões interferem no meu ser.

Sou simples. Mas não o sei ser quando o são por mim.

Fico confusa. Estou confusa. E isso é ruim.

Ok, por certo admitamos a importância de se mexer nas estruturas. Ventos mais fortes são bons para mover as velas.

Entretanto, e quando esses ventos ajudam a chamuscar as velas?

Chamas clamam pela vida. Mas pelo fogaréu e pelos ventos intensos minhas velas estão quase a derreter.

São fogos e artifícios alheios que têm aparecido com uma intensidade jamais vista.

Devo admitir que gosto de rotinas até certo ponto. Temperos diferentes são sempre bem-vindos, de quando em quando.

Porém, quero poder mudar a direção das minhas próprias velas. Içar a âncora e navegar mares desconhecidos. Desbravar terras diferentes que me façam querer conhecê-las mais e mais. Apaixonar-me pelo novo horizonte e com a possibilidade de segurar o leme de minha embarcação.

Há capitães de areias por demais ao meu redor. Acho que estou vendo a hora de a tempestade em mim brotar e devolvê-las às suas praias, onde deveriam ficar, para que possam ser ao menos, e com tanta empolgação, matéria-prima de castelos quiméricos.

"Intenção sem ação é ilusão. Ouse fazer e o poder lhe será dado", disse o Dr. Lair Ribeiro (em O sucesso não ocorre por acaso).

Eu quero. Eu vou conseguir o que quero.

(Peço permissão pela cacofonia a mim necessária, tamanha a vontade de escolher as minhas próprias cartas náuticas)

Só não quero que o que quer que eu queira queiram-no por mim!

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