Da vida fiz planos e com eles me armei. Para a batalha diária de mil expectativas e percalços destroçados. Traçados em planos alheios, em sistemas constantes de pesos e contrapesos.
De baixo vi arranha-céus, e lá alcancei. Do alto vi sorrisos, e desci para recebê-los.
Não se trata de uma vida retilínea, de pontos certos a se traçar. Sempre preferi as curvas, as ondas para surfar, ao menos na imaginação de quem acredita que no caminho lágrimas podemos verter.
Perdi-me. Mas me sustentei na leveza de quem gira os calcanhares com empolgação quando se é preciso, mesmo com os pés de pato apontando para direções incertas.
Encontrei. Respostas a perguntas há muito indagadas. Pessoas que ampliaram o meu leque de possibilidades. Possíveis surpresas para quem não se achava tão capaz.
Evitei. Riscos aparentes. Porém, arranham-se os cascos para se ter certeza de que não se deve procurar certas ilusões.
Analisei (e como o fiz!). Pedi-me tempo para a realidade, por vezes ingrata. A amplitude do mal se alastra e me arrasta a tantas divagações!
Parei. De acreditar em despropósitos. Para reforçar a crença em 'nanopossibilidades' do bem (são nano, mas o são).
Fui. Voltei. Arrisquei. Comuniquei. Calei-me. Enxerguei-me.
Sentenciei-me um ano de descobertas. Especialmente internas.
Afirmo prosseguir.
É bom conseguir fôlego, por vezes desenfreado, nesse reino intrigante de seres, de seres... não, ainda não sei como definir isso tudo. Tenho traços de memórias aproveitadas. No quebra-cabeça terei de continuar. As peças são muitas. Velhas e novas. Notáveis, todas elas. O imprescindível não é se preocupar em perdê-las, mas nunca desistir de querer uni-las. Então, em 2014, seguirei na trilha delas. Para buscar entender ainda mais o mundo. Para buscar entender ainda mais o eu no mundo.
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