sábado, 12 de setembro de 2009

Refletindo o otimismo (A missão)

O que se faz quando refletimos bastante para perceber o quanto temos a refletir?

E agir também!

The world is not enough, I know.

Mas se este mundo não é o bastante por que ainda o conhecemos tão pouco?

Estava em mais um de meus devaneios esta semana e descobri um de meus papéis nessa minha passagem pela Terra (além de refletir, claro): levar positividade.

É.

Parece algo um tanto vago.

Mas não o é.

Estou descobrindo que muitas pessoas ao meu redor (um redor que não conhecia ... e sei que ainda vou demorar a conhecê-lo bem) sofrem de um mal que atinge o ser humano desde que começam a "adultescência": o pessimismo.

E consequentemente o mau-humor, a descrença, desesperança, tristeza, estresse... e uma série de fatores que só nos trazem mágoas físicas e psicológicas.

Sentindo-me como uma exterminadora de tristezas embarco nessa missão, começando por mim mesma. Sem deixar sentir a dor a qualquer deslize que por ventura surja no caminho sinuoso da vida.

Aliás, gosto muito da ideia que alguns adotam como a vida sendo um livro em branco. Ou até, diria, como um filme a ser eternamente filmado (sem cortes).

Meu livro filmado é uma aventura, comédia, ainda sem romance digno da diretora-atriz, e, por quê não, ficção científica.
Afinal, as experiências químicas que faço nas mentes daqueles que me rodeiam têm o seu lado científico.

Talvez nem seja levar otimismo, mas ajudar a despertar algo que anda guardado, trancado em muita gente.

É um desafio. Nem todos estão preparados. Muitos se incomodam e tentarão desanimar-me. Eu o sei.

Mas quem disse que a vida sem desafios seria melhor?

;)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Comédie X Tragédie du Monde

L'orkut m'a dit aujourd'hui:

"Ce monde est une comédie pour ceux qui pensent, une tragédie pour ceux qui sentent."

J'ai aimé l'idée.

Oui, certainement le monde functionne comme ça.

C'est à cause de ça que je pense à travers ma praxis quotidienne ;)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

On day in your life (you'll remember Michael Jackson)

One Day In Your Life
Michael Jackson

One day in your life
You'll remember a place
Someone touching your face
You'll come back and you'll look around, you'll ...
One day in your life
You'll remember the love you found here
You'll remember me somehow
Though you don't need me now
I will stay in your heart
And when things fall apart
You'll remember one day ...
One day in your life
When you find that you're always waiting
For a love we used to share
Just call my name, and I'll be there
You'll remember me somehow
Though you don't need me now
I will stay in your heart
And when things fall apart
You'll remember one day ...
One day in your life
When you find that you're always lonely
For a love we used to share
Just call my name, and I'll be there



Sempre gostei dessa música.
Ela, "You're not alone", "Ben", "They don't really care about us" e "Will you be there" são minhas preferidas de Michael Jackson.

Ele se foi (?) - há quase um mês.
Mas seu legado continua belamente encantando a todos os pensantes da emoção da vida.

Michael, muito obrigada.
:)

Será que São Pedro já aprendeu a fazer o moonwalk?

Agora, MJ pode literalmente ser o moonwalker (vou ficar observando a Lua pra vê-lo deslizando por lá) =DDD

sábado, 15 de agosto de 2009

Mídia e sua mentalidade ''bost-moderna''



Porque ser jornalista, seguramente, não é ter essa filosofia política!

Tese comprovada pela (resistente) autora do blog!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

J'ai peur d' (l')être humain!

J'ai peur!

Oui, j'ai peur maintenant!

Beaucoup de peur!

Peur d'être humaine.

Peur de vivre avec les être humaines.

Pourquoi il y a beaucoup d'être humaines trop mauvais?

Pourquoi les gens ne veulent pas aider une persone?

Pourquoi il y a le peur?

Une personne qui veux le meilleur des autres ne doit pas être traiter comme un imbecile!

Je veux le meilleur. Mon meilleur e le meilleur des autres.

Je ne mérite pas, je suis sûre, un type de personne que essaie de me faire tomber tout le jour.

Mais, c'est la vie (au minimum, jusqu' à la fin do semestre - comme je désire la fin du semestre, mon Dieu!!!!!!!)!

Il y a des gens qui ont peur de cafard, de serpent, de crapaud, de fantôme.

J'ai peur d'être humain.

Le pire cauchemar de la vie terraine.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Eu por Lenine - segundo a amiga Grazi :)

Magra
Lenine

Composição: Lenine/Ivan Santos

Moça
Pernas de pinça
Alta
Corpo de lança
Magra
Olhos de corça
Leve
Toda cortiça
Passa
Como que nua
Calma
Finge que voa
Brasa
Chama na areia
Bela
Como eu queria
Magra, leve, calma
Toda ela bela
Tudo nela chama
Segue
Enquanto suspiro
Toda
Cor de tempero
Cheira
Um cheiro tão raro
Clara
Cura o escuro
Ela
Braços de linha
Dengo
Cheio de manha
Durmo
E peço que venha
Acordo
E sonho que é minha
Magra, leve, calma
Toda ela bela
Tudo nela chama

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Resumindo: gosto de escrever

"Muitos me chamam de polivalente por gostar e ter habilidade em comunicação, artes cênicas, música, dança e administração de trabalhos.

Me consideram polivalente porque me sinto capaz de não ter apenas uma tarefa, uma meta, um trabalho, um sonho.

Meus objetivos sempre foram coletivos, e por causa disso não tinham como serem resumidos em um só."

Esta foi a resposta que me dei ao responder à seletiva de um site para vaga em comunicação (que demandava sobre o que tinha de especial).

Às vezes eu me pego pensando na dificuldade que muitas dessas perguntas me proporcionam.
"Resumir-me em algumas palavras ou caracteres".

De vez em quando a gente reformula a resposta. Troca palavras, conceitos. Esquece e depois lamenta por tê-lo esquecido.

E o que me surpreende é que na minha dificuldade em começar conceitos sobre mim mesma (e esse blog acaba me proprocionando uma maneira de começar a destruir essa barreira - a do "começar") eu acabo escrevendo algo que me agrada.

Na faculdade, a até antes desse tempo, tinha bastante dificuldade em aceitar meus textos.
Achava-os simplórios demais. Sem criatividade. Sem preenchimento necessário.

Após um bom tempo é que poderia reconhecer o valor deles.

Hoje em dia, talvez por escrever bem menos (e admito uma grande vergonha nisso - afinal, sou jornalista - que mesmo sem emprego deveria continuar a praticar a arte da escrita), não me sinto tão repulsiva em relação às minhas palavras.

Ás vezes sou impulsiva. Escrevo e depois arrependo-me (e apago).
Mas são raras.

No entanto, que é so observar o número de postagens neste blog. Aumentou nos últimos meses. Que bom! :)

Não quero parar de escrever. Nem de acreditar em minha escrita.

Talvez monte um outro blog. Jornalístico.
Ou outro voltado para concursos. Até para me ajudar nos estudos.

Mas essas são outras histórias. Outras escritas.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Jornalista? E que faculdade você fez?...

Acabou a exigência do diploma de jornalismo para exercer a profissão.
O STF julgou a questão e pôs fim ao dilema.

Que lástima!

Que vergonha!

Joguei 4 anos e meio fora? Afinal, qualquer um pode escrever, pegar num microfone, ser jornalista!

Daqui a pouco vão me perguntar: você é jornalista? E é formada em quê?

Afinal, qualquer um pode ser, né?

Um dos meus jornalistas preferidos, o Paulo Henrique Amorim, comemorou a decisão.
Ele não tem o diploma.

Pela primeira vez discordei do pensamento dele.

Afinal, a geração dele é bastante diferente da minha geração.
As pessoas estão mais acomodadas. Tudo é muito "fácil".
As respostas e pensamentos tornaram-se "googleanos". É só digitar lá + CTRL C + CTRL V e pronto.

A resposta que mandei ao PHA foi essa:

"Meu querido, PHA.

Pela primeira vez discordarei de você.

Sou jornalista, graduada por uma universidade federal conceituada (há 2 anos), e como tal defendo a graduação em jornalismo.

É muito difícil inserir-se no mercado de trabalho quando você não tem quem o indique (a não ser que faça como estou fazendo: tornando-me concurseira, porque vc entra no emprego por competência).
Imagina só qualquer um ser jornalista?

Eu sei que a sua geração, a geração do Mino, e de outros grandes jornalistas não precisou da graduação para exercer tão bem a profissão.

Mas imagina só quantos analfabetos funcionais não poderão ajudar a compôr a porcaria que se tornou o jornalismo atual, em sua maioria? É tanta modelo, atriz, cantora, jogador... tornando-se jornalista. É só pegar o microfone que já faz uma reportagem.

Escrever bobagens muito jornalista graduado escreve. Mas nem todo advogado é bom, assim como nem todo médico.

Eu acredito que uma formação mais bem elaborada, não apenas atualizada com o mercado, mas principalmente voltada ao enriquecimento intelectual dos futuros jornalistas devia ser feita.

Assumo que a grade curricular da universidade onde estudei, apesar de ser federal, está muito defasada, desatualizada e repetitiva.

Deveria ser diminuida a graduação, e bem mais preparatória.

Aulas de filosofia não-decoreba, de literatura, de português (quantos não precisam, hein?), de sociologia, de política, economia, antropologia, lógica deveriam ser obrigatórias.

Mas nem todas o são (e quando há são daquelas em que o professor junta alunos pra fazer seminários onde só aprendemos o nosso assunto).

Do mesmo jeito que defendo com garras firmes o diploma bem elaborado para jornalistas, defendo uma formação adequada para os políticos poderem ser eleitos.
Muitos nem sabem os artigos da constituição!
Só sabem gritar e se amostrar à frente das câmeras. Não seria uma faculdade de Direito, mas algo mais amplo (com obrigatoriedade de prática de campo).

Afinal, se para concursos públicos muitas pessoas têm que passar por um curso de formação, imagina aqueles que ficarão responsáveis por representar uma população?

Voltando ao jornalismo: é imprescindível reconhecer que a escola não é suficiente para enriquecer um jornalista.
E nem apenas a prática de campo.

Pois saber mexer no Windows, no Word, no Excel... quase todo mundo sabe. Mas saber realizar trabalhos com as ferramentas não-básicas, formatar um site com qualidade, só quem estuda através de um curso de formação ( numa graduação ou num curso técnico).

Entende minha preocupação, PHA?

Pra quê ser básico se você pode ser avançado?
Afinal, a sua geração é beeeem diferente da minha e da que está vindo... infelizmente."

Ê lêlê... que paísinho de m@*%$!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O dia E [dos Encalhados]

Dia 12 de junho... dia mais desanimador do ano. Ao menos no nível carencial... hehehehehe

Eu não posso dizer que odeio o dia dos namorados.
Odiar é um verbo que rege muita carga negativa =P
Mas apenas este dia não é dos meus prediletos...

... ao menos por enquanto ;)

[Sugestão de música, neste momento, aos solteiros com bom gosto musical como eu: "I still haven't found what I'm looking for", do U2 - que também serve para decepções profissionais e pessoais em qualquer sentido]

terça-feira, 26 de maio de 2009

You're the Inspiration, ou melhor, You will always be a wonderful inspiration


Ao escutar algumas canções que marcaram minha adolescência de uma maneira bastante especial não pude esquecer-me do grupo que tantas alegrias me trouxe e que por uma grande lástima teve de terminar: o Cultura Voices.

Para se ter uma noção do quão importante ele foi importante para mim, coloco abaixo a "carta de despedida" que fiz aos meus companheiros caríssimos, principalmente ao nosso great friend-teacher-conductor, Flávio Franca.

E ao transcorrer da produção das palavras e sentimentos abaixo, acredito ser redundante dizer que lágrimas de saudades e carinho rolaram em minha face de, à época, menina-moça.

"Carta às cordas vocais (e por que não ao coração?)


Ao som de músicas que para sempre marcarão minha adolescência, escrevo esta carta a todos que tiveram a grande, e única, oportunidade de dividir os sábados, das 11:00 (ou melhor, 11:10) às 13:00 (que nunca terminava realmente às 13:00, mas às 13:05 ou 13:10), com pessoas (às vezes me pergunto se eram anjos) alegres, divertidas, sérias, tímidas, crianças, adultas, idosas, maduras, molecas, mães, pais, filhas e filhos, mas, principalmente, amantes da boa música. Todos eternamente agradecidos ao nosso maior, e mais amigável, tutor musical: Flávio Franca.

Sopranos (primeiras – e corajosas -, segundas- que na hora “H” sempre se tornavam primeiras), Contraltos (as vozes preferidas de Flávio – tá, eu perdôo desta vez) e Contraltinos (os anjinhos – que Djanete me perdoe por utilizar-me de uma palavra quase patenteada por ela), Tenores (bem, quando tinha Tenor), Barítonos (os sociáveis – já que cantavam com os Tenores e com os Baixos) e Baixos (os vozes de cangaceiros, monstros do Lago Ness, e de mariaches – mas que nunca fizeram jus aos apelidos) compunham o cenário juntamente com o/a pianista do semestre (quantos não passaram pelas notas do teclado) e as três salas de aula no primeiro andar da Cultura Inglesa de Boa Viagem, que sempre esperavam pelas mãos do seu Cláudio, ou de Fernando, para tirarem suas divisórias – whiteboard. Não esqueçam de organizar as cadeiras (largas e desconfortáveis para uma boa postura coralista – noossa, como se todos a utilizassem).

Flávio entrava nas salas com uma pasta-bolsa (nunca soube definir), cheia de partituras, sempre com um sorriso – nunca demonstrava o cansaço que lhe rendiam as 11 aulas de inglês – saudando a todos os pontuais, e perguntando sobre os atrasados. De quando em vez, nosso conductor trazia o moderno teclado (que muitas, e muitas, vezes funcionou como nossa orquestra), conseguido a duras penas, e colocava-o sobre um “X” um pouco aberto. Difícil não era carregar o teclado, mas montar o “apoio” de partituras, que se chamava Hunter . Bom, não era difícil para todos porque tínhamos a enorme ajuda da nossa colega Lorena que sempre nos dava uma lição. Tudo bem, Beth e eu, uma vez, fizemos um curso intensivo de alguns segundos com o nosso melhor guitarrista Ítalo (que era mais dedicado ao coral que alguns coralistas), mas nossos conhecimentos parecem que não duraram muito tempo. Então, o teacher sentava-se no seu mais recente banco verde-limão giratório, que todos, ou a esmagadora maioria, queriam sentar; e pedia a Moisés para dar algumas notas para aquecer as vozes dos coralistas presentes. Besouros pareciam pairar no ar, cantores de ópera com os seus “Ah” ou “Oh” baixavam nos cantores da vez, fanhosos/as também não escapavam do nosso esquente.

Pronto!? Mãos à obra! Flávio ajeitava a primeira partitura no Hunter que daqui a pouco, quando virasse a primeira página, iria diretamente ao chão de carpete azul, e dificilmente voltava (só quando repetíamos a música, ou Carolzinha dava uma de assistente de partitura : P ). Sopranos, com a melodia, começavam sem relembrar a canção mesmo, direto; tinham que tê-la na ponta da língua. E tome comentários de Yang e Endie sobre o não repasso das letras. Outras línguas, às vezes (estou pegando leve quanto ao tempo) rolavam soltas, geralmente vindas dos Contraltos e Baixos (coincidentemente de Késia e Daniel). Algumas vozes agudas femininas insistiam em ser Xororós ou buzinas, e até sirenes de bombeiros. Flávio mudava a posição do banquinho para as Contraltos e os Contraltinos (Andrezinho e Felipe – os anjinhos do “No bis domine”). As sopranos começavam a conversar. “Olha a feira!” – dizia o teacher. Paravam, ou começavam a falar pianíssimo. As vozes da avó da rainha Elizabeth davam vez aos tenores. Flávio cantava com eles, ou melhor, com ele (o grande Guila – que incrivelmente, após vários semestres sem freqüentar o coro, sabia as letras de cor e salteado) e acabava cobrindo a voz dele (às vezes me pergunto como será a voz de Guila cantando – brincadeirinha teacher : P ). Papais Noéis acordem! Os baixos começavam a cantar, ou melhor, literalmente a acordar. “Não, eu quero voz de folha!” – resmungava o condutor, se utilizando de uma das várias definições de vozes do seu vocabulário musical.

Preparados? Todos começam a se ajeitar na cadeira. Mas teacher, standing ou sentado? – algumas sopranos perguntavam. Standing para o ensaio final da música em questão, e sentado quando a canção ainda está em vias de se tornar parte do repertório oficial. Geralmente, sopranos, contraltos e contraltinos começavam. E lá vai: “Alls thes sleaves are brown...” Eita “Ss” exagerados. Frases do tipo: “ Ainda vou descobrir quem é”, ou, “ Já sei de onde vêm esses “Ss”, eram anunciadas pelo maestro (que já tivera até uma batuta – a propósito, que fim levara aquela batuta, que lembrava um cano fino cortado especialmente para servir de batuta?). Tá, recomeçava a música e o “s” aparecia mais tímido, longe, já que levara um puxão de orelha. Todos afiados no California Dreaming? “Não teacher! Acho que as sopranos não estão legais neste final!” – eu pensava alto. Tudo bem, vamos passar de novo. Ok! Todo o coro. No final da música apareciam comentários do tipo: “É tá bom!”, “não agüento mais esta música!”, ou “Acho que as sopranos atrapalharam nesta parte” (geralmente comentário vindo dos baixos – que, muitas vezes, insistem em discordar das sopranos ), e “ As contraltos estavam muito fracas” (algumas sopranos resmungavam).

Próxima canção: uma nova, para variar (só que a nova já não era tão nova porque já estava sendo ensaiada aos poucos havia muito tempo, e parecia nunca ficar pronta). Mal a música começava alguém desistia dizendo: “Ah teacher, esta não está legal, é melhor a gente ir para alguma que já conhece” (escutei muito isso vindo das sopranos). “ The moment I wake up... (ou será: the morning I wake up?)”, lá estava a música de Bia, que fora ensaiada muitas vezes, mas nunca do jeito certo, pois quando chegava no “Please darling believe me (...) Belieeve me (...) When I say there’s no (...) Oone buut you (...) Please love me truuue (...) Please love me true ooh (...) Please love me true (...) Pleeease love me true (...) Pleeease love me true (...) Please love me true oh (...) Love me true forever and ever”. Pronto! Raramente se chegava além disso. Sopranos reclamavam dos baixos, que reclamavam das sopranos. Era uma briga boa de quem estava atrasado ou adiantado. Poor Bia, ainda não foi desta vez.

Houve muitas músicas que compuseram os nossos sábados tão aguardados (que para muitos eram a diversão séria do final de semana). Ainda me lembro de algumas marcantes de quando entrei no coral, aos 14 anos, até dezembro de 2004 quando o coro se dissolveu, aos meus 19, como Greensleeves, You’re the Inspiration, Intermezzo, Let it be me, Moon River, Scarborough Fair (que um dia ei de terminar), Christmas Medley (que trazia as anjinhas e os papais noéis do coro, principalmente no “angels we have heard on high sweetly singing o’er the plains ... glo...ri-a in excelsis de-o”, que trouxe tantas dores de cabeça à Flávio com o “inecheucis” de alguns coralistas insistentes em errar nesta parte todos os anos), Sabbath Prayer, Cantos Kraó, Let the River Run, Blue Moon, We are the Champions, Happy Day, Silent Night, California Dreamin’ e The Lord’s Prayer. Ainda há aquelas inesquecíveis pelo tédio, ou repulsa, geral que provocaram como Wade in the Water, March with me e Beauty and the Beast (em alguns casos de trauma). E finalmente as ensaiadas mas nunca terminadas, nem apresentadas como I’ll Say a Little Prayer For You, All I Ask of You, Gloria (lembram-se desta?), Henrique V (ou oficialmente Henrique VIII por Flávio) mais conhecido também como “no bis domine”, Bridge Over Troubled Water, Andança e ABC do Sertão(sim havia músicas em português no coro de cultura inglesa), The Sound of Silence, Conquest of Paradise, Turandot e Coro di Schiavi Ebrei ou Va pensiero (esta é das antigas). Além das cantadas pelos solistas como She, Imagine, Somewhere Over the Rainbow, Summertime, Yesterday, Swing Low Sweet Chariot, Don’t let the Sun Go Down On Me, e das canções criadas pelo teacher para esquentar as vozes ou para ajudar os coralistas a acharem o tom certo como Suely Maria Antonieta Rosely Mafalda Marylu Patrícia, O Rei Fernando Sétimo Usava Paletó, e Vem Cá Djanete Vem Cá.

Sei que muitos lembrarão das canções acima e que cantarão em mente, ou em voz alta/baixa mesmo, e que por algum motivo indescritível se sentirão tocados pelo espírito de equipe e família que se criou naquele lugar mágico que com certeza deixará saudades, uma palavra tipicamente brasileira que pode ser compreendida pelos coralistas mais sortudos do mundo, creio eu, por terem um grande pai, um amigo, e um professor e tanto que mesmo se esforçando além de seus limites não foi valorizado pelos bambans e pelas pedritas da vida. Mas não vamos nos aborrecer nesta carta-confissão e sim abrir espaço aos bons e memoráveis sentimentos e recordações, sem viver de passado, mas projetando no futuro amizades tão sólidas e bonitas quanto as conquistadas no Cultura Voices.

Parece que finalmente consegui chegar ao último parágrafo da minha carta iniciada em dezembro de 2004, quase aos prantos, e finalizada (ao menos por enquanto) em maio de 2005, com orgulho. Há muita coisa para ser dita, para ser escrita, mas num mundo em que se vive para, e sem, o tempo tento resumir um pouco do que me fez acreditar que um dia pudesse ser mais que uma cantora de chuveiro ou de Karaokê (instrumento que me fez ser “descoberta” por Flávio fazendo-me entrar no coro em 2000). Não digo adeus, mas até logo pois nada está acabado nesta vida e sim por ser completado, e no nosso caso também contemplado, por todos os participantes e admiradores do Cultura Voices de Sábado, das 11:10 às 13:10, na Cultura Inglesa de Boa Viagem e de Boa Música.


Endie Eloah,
primeira soprano,
06 de Maio de 2005."