domingo, 20 de setembro de 2009

Minha filosofia da felicidade por Martha Medeiros

Ser feliz não é pecado
Martha Medeiros*

Felicidade é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo

A felicidade é desprezada por muita gente. A pessoa feliz sofre o preconceito de parecer uma pessoa vazia, sem conteúdo. No entanto, algo ela tem, senão não incomodaria tanto. Será que é porque ela nos confronta com nossa própria miséria existencial? É irritante ver alguém naturalmente linda, rica, simpática, inteligente, culta, talentosa, apaixonada e, ainda por cima, magra! Essa ninfa nunca ouviu falar em insônia, depressão, dívidas, mousse de chocolate?

Os felizes ainda estão associados ao padrão "comercial de margarina", portanto, costumam ser idealizados - e desacreditados. É como se fossem marcianos, só que não são verdes. Por isso, damos mais crédito aos angustiados, aos irônicos, aos pessimistas. Por não aparentarem possuir vínculo com essa tal felicidade, dão a entender que têm uma vida muito mais profunda. Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é coisa bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar (ou por causa) disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.

O psicanalista Contardo Calligaris certa vez disse uma frase que sublinhei: "Ser feliz não é tão importante, mais vale ter uma vida interessante". Creio que ele estava rejeitando justamente esta busca pelo kit felicidade, composto de meia dúzia de realizações convencionais. Ter uma vida interessante é outra coisa: é cair e levantar, se movimentar, relacionar-se com as pessoas, não ter medo de mudanças, encarar o erro como um caminho para encontrar novas soluções, ter a cara-de-pau de se testar em outros papéis - e humildade para abandoná-los se não der certo. Uma vida interessante é outro tipo de vida feliz: a que passou ao largo dos contos-de-fada. É o que faz você ter uma biografia com mais de 10 páginas.

Se você acredita que ser feliz compromete seu currículo de intelectual engajado, troque por outro termo, mas não cuspa neste prato. Embriague-se de satisfação íntima e justifique-se dizendo que é um louco, apenas isso. Como você sabe, os loucos sempre encontram as portas do céu abertas.

Rita Lee, que já passou por poucas e boas, mas nunca se queixou de não ter uma vida interessante, anos atrás musicou com Arnaldo Batista estes versos: "Se eles são bonitos, sou Alain Delon/ se eles são famosos/ sou Napoleão/se eles têm três carros/ eu posso voar". Também faço da Balada do Louco meu hino, que assim encerra: "Mais louco é quem me diz que não é feliz".

Eu sou feliz.


* (Zero Hora, 16 de dezembro de 2007)

Texto retirado de um concurso público.
Belo incentivo para perceber que mesmo ainda não tendo o sonhado cargo, nada custa continuar com momentos valorosos de felicidade ao perceber a inteligência de compreendê-la na singeleza de poder viver.

À quoi ça sert l'amour?

J'aime bien ce vidéo:

http://www.youtube.com/watch?v=aDOiWOlltzI

Alors, à quoi ça sert l'amour?
:)

sábado, 12 de setembro de 2009

Refletindo o otimismo (A missão)

O que se faz quando refletimos bastante para perceber o quanto temos a refletir?

E agir também!

The world is not enough, I know.

Mas se este mundo não é o bastante por que ainda o conhecemos tão pouco?

Estava em mais um de meus devaneios esta semana e descobri um de meus papéis nessa minha passagem pela Terra (além de refletir, claro): levar positividade.

É.

Parece algo um tanto vago.

Mas não o é.

Estou descobrindo que muitas pessoas ao meu redor (um redor que não conhecia ... e sei que ainda vou demorar a conhecê-lo bem) sofrem de um mal que atinge o ser humano desde que começam a "adultescência": o pessimismo.

E consequentemente o mau-humor, a descrença, desesperança, tristeza, estresse... e uma série de fatores que só nos trazem mágoas físicas e psicológicas.

Sentindo-me como uma exterminadora de tristezas embarco nessa missão, começando por mim mesma. Sem deixar sentir a dor a qualquer deslize que por ventura surja no caminho sinuoso da vida.

Aliás, gosto muito da ideia que alguns adotam como a vida sendo um livro em branco. Ou até, diria, como um filme a ser eternamente filmado (sem cortes).

Meu livro filmado é uma aventura, comédia, ainda sem romance digno da diretora-atriz, e, por quê não, ficção científica.
Afinal, as experiências químicas que faço nas mentes daqueles que me rodeiam têm o seu lado científico.

Talvez nem seja levar otimismo, mas ajudar a despertar algo que anda guardado, trancado em muita gente.

É um desafio. Nem todos estão preparados. Muitos se incomodam e tentarão desanimar-me. Eu o sei.

Mas quem disse que a vida sem desafios seria melhor?

;)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Comédie X Tragédie du Monde

L'orkut m'a dit aujourd'hui:

"Ce monde est une comédie pour ceux qui pensent, une tragédie pour ceux qui sentent."

J'ai aimé l'idée.

Oui, certainement le monde functionne comme ça.

C'est à cause de ça que je pense à travers ma praxis quotidienne ;)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

On day in your life (you'll remember Michael Jackson)

One Day In Your Life
Michael Jackson

One day in your life
You'll remember a place
Someone touching your face
You'll come back and you'll look around, you'll ...
One day in your life
You'll remember the love you found here
You'll remember me somehow
Though you don't need me now
I will stay in your heart
And when things fall apart
You'll remember one day ...
One day in your life
When you find that you're always waiting
For a love we used to share
Just call my name, and I'll be there
You'll remember me somehow
Though you don't need me now
I will stay in your heart
And when things fall apart
You'll remember one day ...
One day in your life
When you find that you're always lonely
For a love we used to share
Just call my name, and I'll be there



Sempre gostei dessa música.
Ela, "You're not alone", "Ben", "They don't really care about us" e "Will you be there" são minhas preferidas de Michael Jackson.

Ele se foi (?) - há quase um mês.
Mas seu legado continua belamente encantando a todos os pensantes da emoção da vida.

Michael, muito obrigada.
:)

Será que São Pedro já aprendeu a fazer o moonwalk?

Agora, MJ pode literalmente ser o moonwalker (vou ficar observando a Lua pra vê-lo deslizando por lá) =DDD

sábado, 15 de agosto de 2009

Mídia e sua mentalidade ''bost-moderna''



Porque ser jornalista, seguramente, não é ter essa filosofia política!

Tese comprovada pela (resistente) autora do blog!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

J'ai peur d' (l')être humain!

J'ai peur!

Oui, j'ai peur maintenant!

Beaucoup de peur!

Peur d'être humaine.

Peur de vivre avec les être humaines.

Pourquoi il y a beaucoup d'être humaines trop mauvais?

Pourquoi les gens ne veulent pas aider une persone?

Pourquoi il y a le peur?

Une personne qui veux le meilleur des autres ne doit pas être traiter comme un imbecile!

Je veux le meilleur. Mon meilleur e le meilleur des autres.

Je ne mérite pas, je suis sûre, un type de personne que essaie de me faire tomber tout le jour.

Mais, c'est la vie (au minimum, jusqu' à la fin do semestre - comme je désire la fin du semestre, mon Dieu!!!!!!!)!

Il y a des gens qui ont peur de cafard, de serpent, de crapaud, de fantôme.

J'ai peur d'être humain.

Le pire cauchemar de la vie terraine.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Eu por Lenine - segundo a amiga Grazi :)

Magra
Lenine

Composição: Lenine/Ivan Santos

Moça
Pernas de pinça
Alta
Corpo de lança
Magra
Olhos de corça
Leve
Toda cortiça
Passa
Como que nua
Calma
Finge que voa
Brasa
Chama na areia
Bela
Como eu queria
Magra, leve, calma
Toda ela bela
Tudo nela chama
Segue
Enquanto suspiro
Toda
Cor de tempero
Cheira
Um cheiro tão raro
Clara
Cura o escuro
Ela
Braços de linha
Dengo
Cheio de manha
Durmo
E peço que venha
Acordo
E sonho que é minha
Magra, leve, calma
Toda ela bela
Tudo nela chama

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Resumindo: gosto de escrever

"Muitos me chamam de polivalente por gostar e ter habilidade em comunicação, artes cênicas, música, dança e administração de trabalhos.

Me consideram polivalente porque me sinto capaz de não ter apenas uma tarefa, uma meta, um trabalho, um sonho.

Meus objetivos sempre foram coletivos, e por causa disso não tinham como serem resumidos em um só."

Esta foi a resposta que me dei ao responder à seletiva de um site para vaga em comunicação (que demandava sobre o que tinha de especial).

Às vezes eu me pego pensando na dificuldade que muitas dessas perguntas me proporcionam.
"Resumir-me em algumas palavras ou caracteres".

De vez em quando a gente reformula a resposta. Troca palavras, conceitos. Esquece e depois lamenta por tê-lo esquecido.

E o que me surpreende é que na minha dificuldade em começar conceitos sobre mim mesma (e esse blog acaba me proprocionando uma maneira de começar a destruir essa barreira - a do "começar") eu acabo escrevendo algo que me agrada.

Na faculdade, a até antes desse tempo, tinha bastante dificuldade em aceitar meus textos.
Achava-os simplórios demais. Sem criatividade. Sem preenchimento necessário.

Após um bom tempo é que poderia reconhecer o valor deles.

Hoje em dia, talvez por escrever bem menos (e admito uma grande vergonha nisso - afinal, sou jornalista - que mesmo sem emprego deveria continuar a praticar a arte da escrita), não me sinto tão repulsiva em relação às minhas palavras.

Ás vezes sou impulsiva. Escrevo e depois arrependo-me (e apago).
Mas são raras.

No entanto, que é so observar o número de postagens neste blog. Aumentou nos últimos meses. Que bom! :)

Não quero parar de escrever. Nem de acreditar em minha escrita.

Talvez monte um outro blog. Jornalístico.
Ou outro voltado para concursos. Até para me ajudar nos estudos.

Mas essas são outras histórias. Outras escritas.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Jornalista? E que faculdade você fez?...

Acabou a exigência do diploma de jornalismo para exercer a profissão.
O STF julgou a questão e pôs fim ao dilema.

Que lástima!

Que vergonha!

Joguei 4 anos e meio fora? Afinal, qualquer um pode escrever, pegar num microfone, ser jornalista!

Daqui a pouco vão me perguntar: você é jornalista? E é formada em quê?

Afinal, qualquer um pode ser, né?

Um dos meus jornalistas preferidos, o Paulo Henrique Amorim, comemorou a decisão.
Ele não tem o diploma.

Pela primeira vez discordei do pensamento dele.

Afinal, a geração dele é bastante diferente da minha geração.
As pessoas estão mais acomodadas. Tudo é muito "fácil".
As respostas e pensamentos tornaram-se "googleanos". É só digitar lá + CTRL C + CTRL V e pronto.

A resposta que mandei ao PHA foi essa:

"Meu querido, PHA.

Pela primeira vez discordarei de você.

Sou jornalista, graduada por uma universidade federal conceituada (há 2 anos), e como tal defendo a graduação em jornalismo.

É muito difícil inserir-se no mercado de trabalho quando você não tem quem o indique (a não ser que faça como estou fazendo: tornando-me concurseira, porque vc entra no emprego por competência).
Imagina só qualquer um ser jornalista?

Eu sei que a sua geração, a geração do Mino, e de outros grandes jornalistas não precisou da graduação para exercer tão bem a profissão.

Mas imagina só quantos analfabetos funcionais não poderão ajudar a compôr a porcaria que se tornou o jornalismo atual, em sua maioria? É tanta modelo, atriz, cantora, jogador... tornando-se jornalista. É só pegar o microfone que já faz uma reportagem.

Escrever bobagens muito jornalista graduado escreve. Mas nem todo advogado é bom, assim como nem todo médico.

Eu acredito que uma formação mais bem elaborada, não apenas atualizada com o mercado, mas principalmente voltada ao enriquecimento intelectual dos futuros jornalistas devia ser feita.

Assumo que a grade curricular da universidade onde estudei, apesar de ser federal, está muito defasada, desatualizada e repetitiva.

Deveria ser diminuida a graduação, e bem mais preparatória.

Aulas de filosofia não-decoreba, de literatura, de português (quantos não precisam, hein?), de sociologia, de política, economia, antropologia, lógica deveriam ser obrigatórias.

Mas nem todas o são (e quando há são daquelas em que o professor junta alunos pra fazer seminários onde só aprendemos o nosso assunto).

Do mesmo jeito que defendo com garras firmes o diploma bem elaborado para jornalistas, defendo uma formação adequada para os políticos poderem ser eleitos.
Muitos nem sabem os artigos da constituição!
Só sabem gritar e se amostrar à frente das câmeras. Não seria uma faculdade de Direito, mas algo mais amplo (com obrigatoriedade de prática de campo).

Afinal, se para concursos públicos muitas pessoas têm que passar por um curso de formação, imagina aqueles que ficarão responsáveis por representar uma população?

Voltando ao jornalismo: é imprescindível reconhecer que a escola não é suficiente para enriquecer um jornalista.
E nem apenas a prática de campo.

Pois saber mexer no Windows, no Word, no Excel... quase todo mundo sabe. Mas saber realizar trabalhos com as ferramentas não-básicas, formatar um site com qualidade, só quem estuda através de um curso de formação ( numa graduação ou num curso técnico).

Entende minha preocupação, PHA?

Pra quê ser básico se você pode ser avançado?
Afinal, a sua geração é beeeem diferente da minha e da que está vindo... infelizmente."

Ê lêlê... que paísinho de m@*%$!