sábado, 16 de fevereiro de 2013

A crise da felicidade

“Nenhuma empresa, por mais sólida, admirada e moderna que seja, está imune à
crise. Esse princípio básico da administração de crise, mesmo repetido e mais do
que evidente, ainda continua esquecido por muitas organizações”. (João José Forni)

Bem, não vou discutir neste texto princípios da Administração. Mas podemos aprender com ela. Afinal, administramos diariamente a nossa própria vida.

Vivemos em tempos de felicidade plena. Não! Não estou louca! A felicidade está em todas as fotos do Facebook, nas atualizações diárias dos status, nos comentários no trabalho, nas revistas de celeridades (sim, pois que são céleres as suas "famas").

Com isso, digo-lhes que a felicidade está em crise.

Agora minha sentença de desvairada pode ser decretada? Por certo que não!

Vejamos: por trás de toda história de felicidade há uma outra de batalha, de dramas, de perdas e, consequentemente, ganhos.

Para lograrmos momentos (friso a palavra, pois que de momentos felizes se vive) de alegria, tivemos de enfrentar monstros, internos e externos. Isso porque a felicidade é uma conquista, um prêmio, ousaria, àqueles que não se resignaram no fundo do poço.

Porém, este prêmio não é como aquelas medalhas de natação que podemos pendurar no quarto. Sentimos orgulho dele, pois bem. Mas é algo transitório, quase como uma essência perfumada que nos traz um sorriso no rosto, brilho nos olhos e 'encantamento' pelos demais.

E como a essência, a felicidade passa depois de um certo tempo. 

Ainda bem que outros frascos existem para serem desfrutados. Entretanto, há os que são falsificados. É a felicidade aparente. Possui a mesma capa do refinado perfume francês, porém a essência é álcool puro.

Essa é a felicidade plena que encontramos em demasia nas redes sociais. Há uma preocupação em ser feliz, bem-sucedido, quase a levar uma vida 'perfeita'.

  Contudo, tenho uma verdade a compartilhar: não dá para ser feliz assim!

Por maior que seja a modernidade e a atualização das tecnologias, ainda não há qualquer equipamento que substitua as conquistas para se alcançar uma vida plena.
 Acredito, para não me acharem com ar de pessimista, que chegaremos lá. Mas ainda teremos um longo (e cheio de obstáculos) caminho a percorrer.

Ah! E para os que pensam em encher os frascos de felicidade com água, quando esta estiver se esvaindo, fica a dica: do mesmo jeito que não funciona com os perfumes, não funcionará com a sua vida.

A alternativa é arregaçar as mangas, agarra-se a um novo objetivo que a leve ao prêmio (ao Channel nº 5 de cada uma) e nunca, sob hipótese alguma, desistir de se perfumar com a essência da felicidade (mesmo que os frascos sejam pequenos e delicados a ponto de se quebrarem com facilidade em caso de possível alvoroço).

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