Olhos recém-chegados naquele ambiente solene estavam vidrados em cada movimento conduzido na cerimônia de posse coletiva. Noventa expectativas positivas diante do porvir na Instituição. Como se estivessem transformando aquele momento em mais uma fonte de orgulho no peito estufado que desbravou uma alta concorrência (1.500 x 1). Acompanhados pelos sorrisos e flashes dos familiares e amigos, irradiavam felicidade convertida em calor humano, mesmo em um ambiente acostumado a exigir rígidos casacos.
A emoção contagiou a todos. Autoridades presentes, servidores da casa e a jornalista que vos escreve. Um filme passava na mente enquanto aqueles novos colegas celebravam a conquista. "Tanto fiz para conseguir chegar aqui. Por tanto passei. E agora sou eu quem dou voz a um momento tão importante para eles", penso em meio a olhos marejados e confessados, enquanto presto atenção a tudo e todos para poder captar a essência do evento e retransmiti-la oficialmente no site do órgão. Este, um motivo de sorriso largo carregado há 1 ano e 8 meses. Afinal, como disseram todos os entrevistados em meio a olhares positivos, trabalhar numa Instituição cujo escopo é zelar pelo bem da sociedade é indubitavelmente confortante.
Isso não significa que seja um lugar onde temos regalias e pouco trabalho. Muito pelo contrário! O dever é arregaçar as mangas e mostrar-se útil ao compromisso honrado com nossa própria escolha profissional. Seja ela temporária ou não, enquanto lá estamos temos que ter a plena consciência de que existem milhares de pessoas que dependem de um atendimento adequado, de um processo bem elaborado, de uma matéria esclarecedora e de pessoas motivadas para dar conta do volume de demandas presentes diariamente. Funcionalismo público pode gerar pré-conceitos. Mas tenha certeza de que generalidades devem ser evitadas sempre que possível.
E ao voltar o pensamento aos novos integrantes da casa da qual faço parte confesso que não é possível converter em palavras o que presenciei hoje. A emoção externa e a comoção interna foram suficientes, apenas (se é que posso usar esse advérbio), para demonstrar que existem esperanças. Em diversas formas. Para quem chega, para quem já se instalou e para quem sai de lá com a única certeza de que pessoas são feitas de objetivos. E quanto mais eles são alcançados mais indescritível é a vontade de seguir querendo presenciar (e reconhecer) ainda mais conquistas como esta.
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