A importância que damos ao que pode nos causar aborrecimentos torna a nossa vida melhor ou pior. Tenho aprendido que nada e nem ninguém devem fazer murchar a nossa esperança de dias bons. Um sorriso não deve ser tirado porque apareceu um vazamento (real ou metafórico), ou porque alguém fez um comentário do qual você não gostou, ou porque não tem salmão na temakeria quando você foi.
Situações concretas mudam a argamassa da nossa construção. Para o bem ou para o mal.
Respiração mais profunda, batida cardíaca mais intensa, visão fechada e mais acurada depois de um evento ou notícia decepcionantes acontecem. Fazem parte. Não vivemos num mar de rosas. Se vivêssemos até estaríamos lascados (com a permissão da palavra), pois as rosas têm espinhos.
O primeiro passo trêmulo depois de um desapontamento é natural. Não é demonstrar fraqueza. Fraco é quem se opõe a ver a realidade. É quem maquia a fratura exposta. Tem conserto. Tudo tem conserto. Tem sim! Talvez não naquele exato momento fatídico. Mas tem. Futuro próximo ou distante. Tem. "Só não tem jeito pra morte", pode vir à mente. E é nessa que eu penso quando inicio o texto.
"Nossa, Endie, você está pensando na morte só porque recebeu uma notícia ou comentário do qual não gostou? Ave Maria!". Se alguém não comentou isso, ao menos deve ter feito uma expressão nesse sentido. Não quero morrer por conta de uma chateação. É nisso que penso. Morremos diariamente. Células morrem. Conceitos morrem. Tristezas e sentimentos negativos também podem desfalecer nesse bolo. Portanto, não quero perder preciosos neurônios com o trancar dos dentes. Já perdi muito com isso. Quero não perder novamente.
Afinal, o que vale mais a pena? Enfrentar o problema e buscar resolvê-lo ou se enfiar numa maré de desgraça mental e fazer do aborrecimento um fardo? Pensamentos cristãos ou não, é melhor acreditar que tudo vai dar certo. Custa nada tentar aproveitar mais o dia e menos o problema. Faça de si uma experiência. Não se problematize. Solucione-se!
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