segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Errata

Desculpem-me!

Começar um texto pedindo desculpas não é muito conveniente, mas, para mim, é necessário. Sou educada e aprendi comigo mesma que quando não estou me sentindo muito bem prefiro desculpar-me por não estar em um estado "comum" da minha personalidade.

Estive correndo durante todo esse tempo, com todo o gás possível, daquele que trás água salgada no corpo e respiração ofegante.

Parei!

Bruscamente!

E nem desacelerei, ao menos. Por isso, não impedi o tropeção. Tropecei. Arranhei. Arranhei alguns que estão ao meu redor e receberam o meu encontrão de mau humor recente. E ao ver o que fiz eu me machuquei (por que fiz isso?).

Nem pude prever a tontura que tomou conta de minha estrutura! Respiração pesada, assumo, difícil, entalada na garganta.

Sentei-me, para ver se melhorava a sensação incômoda. E vi as bolhas. Meus pés, acostumados a saltos baixos, feriu-se nos percalços dos caminhos tortuosos, que por vezes tive de correr de salto agulha.

Procuro um motivo para a corrida. E não o encontro.

Estou perdida, é isso!

Ai meu Deus, e eu ainda admito! Boba? Não sei! Verdadeira? É, talvez seja isso.
Para alguns, pode até ser mais um texto de Internet.
Para mim é um desabafo sincero. Uma colega que precisa de algo, mas ainda não sabe ao certo o quê.

Durante algum tempo, eu corri como se não houvesse amanhã. E, agora, descubro que nem sei se existe ou não.

Não sei para onde corro, quando corro, para quem corro. Para mim? Por mim? Não sei.

A mulher acostumada a dar esperanças espera não se acostumar a isso. Sentir-se perdida é parte do processo de evolução. Faz parte da caminhada. A diferença é que nem todos admitem suas fraquezas. Eu as admito porque gosto. Gosto de me enxergar através das palavras.

É claro que não gosto de estar assim: agoniada e sem rumo.

É estranho. Dá nó na garganta. E isso me faz explodir facilmente com pessoas queridas ao meu redor.
É ruim nem saber ao certo o que responder ao "Tudo bem?".

Aliás, respostas estão difíceis de serem acertadas. Não sei se o que falo, se o que escrevo é bom ou não. Ou pior, se o que entendo é o que deveria entender. E até bloqueio criativo estou tendo. E isso me incomoda bastante.

Não é a primeira vez que me perco. Mas é a primeira em que admito a mim mesma, e em alto e bom som.

O meu lado otimista não vai me deixar na mão. Ele aparece, aliás, lá no topo da montanha, me chamando.
Ele acena quase escandalosamente para mim, como se me chamasse para lá.

Só não sei para que lado essa montanha vai. Se para o Norte, Sul, Leste ou Oeste.

Sócrates me preenche: "Só sei que nada sei".

E só.

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