terça-feira, 21 de maio de 2013

Descoberta inevitável (e benquista)

Há alguns posts questionava o amor.

Venho, então, retificar o desconhecimento deste bendito e intrigante sabor da vida. 

Como não reconhecê-lo? Ou experimentá-lo tão de perto, close suficiente para brotar sorrisos espargidos em cada membrana celular de meu corpo esguio?

Amar-se é impulso para o bem viver. A tal da qualidade de vida, buscada nos debates sociais, começa por dentro. E sem teorização vetusta, por favor!

Já experimentou cuidar de si? Caminhar sob o Sol sentindo o carinho dos raios penetrando em cada traço de sua epiderme? Saborear cada gole de água minerando as suas glândulas salivares? Permitir-se sentir o vento em seus cabelos (mesmo que acabe produzindo um nó digno de marinheiro)? Olhar para o mapa no final de suas extremidades superiores e descobrir caminhos percorridos e a serem desbravados? E até admirar os seus incisivos num exame rotineiro de raio-X panorâmico?

Loucura ou egoísmo exacerbado? Amor próprio! É gostoso e recomendo!

É bem mais tentador ingerir comidas descartáveis e impuras de saúde. Mas o tempo a mais dedicado ao preparo atento e gentil de um bom e saudável prato é mais tempo de oportunidades a frente.

Venho ratificando a teoria de que abdominais servem como grande provação de amor. Quem as faz com gosto (sabendo do esforço que cada subida e descida valem) conhece o que é se respeitar. Manter o pique é difícil, muitas vezes desestimulante (pelo lado da preguiça). Mas quem disse que o amor não pede provas constantes de manutenção?

Respeitar-se é viver sem fronteiras. É diplomar-se em direção a uma vida mais justa. Afinal, com amor se tem mais chances de enxergar arco-íris no fim da montanha de cada dia.

A partida é do autoconhecimento. É mais fácil elaborar resenhas sobre a Teoria do caos do que sobre você mesma(o). Porém, como é bom descobrir, por exemplo, que recarrega a sua energia admirando as nuvens, comendo pão doce com ovo frito ou lendo Luis Fernando Verissimo!

Já experimentou ler o que de fato gosta? Fundamental presentear a mente com o prazer das letras justas de um autor admirado.

Recentemente, peguei-me admirando as minhas novas curvas braçais. Os bíceps 'de sempre' se prontificavam mais empolgados a cada passar do fio dental. Até a escovação pareceu tornar-se mais interessante.

Na composição semanal, estou procurando harmonizar alimentação e exercícios físicos e mentais. Evitar se agredir com gostos amargos e desleixados é fundamental na caminhada.

Até porque não ter preguiça de se cuidar é reconhecer a melhor oportunidade de investimento. Visto que para ser amada(o) é preciso se amarrar a quem melhor lhe representará em qualquer situação: você mesma(o).

Para quê se entupir de frivolidades se os espaços internos podem ser muito bem preenchidos de cuidados?

Então, que autodescobertas, saladas, pilates, gostos e leituras prazerosas integrem a realidade mais válida dos que desejam viver bem. E viva o próprio amor!

sábado, 11 de maio de 2013

Escrita do ser

Estranho seria se eu fosse comum, mais uma na linha de produção em série.

Os meus botões tons de lilás bordô (por que não podem ser diferentes?) refletem diante de uma pergunta simples depreendida após a elaboração de um artigo da pós: conseguirei elaborar a tal monografia exigida, sendo acadêmica a ponto de não identificar a minha própria escrita?

Se não sou uma mera cópia, então por que minhas sementes seriam?

Amo escrever como um pássaro ama voar. É algo necessário e prazeroso.
Penas ao vento são como os dedos a curtirem o sobe e desce das teclas do notebook.
Até os calos rosa avermelhados, causados por uma escrita descarregada em Bic azulada durante um momento de dispersão mecânica, não me impedem de seguir amando a escrita.

Independente da pauta, minha paciência e minha dedicação à inspiração entusiasmada seguem a pressões firmes em cada letra agrupada, sílaba formada, frase originada.

E assuntos diversos se fundem naturalmente, como dançarinos de ritmos variados unidos numa grande performance: Comunicação, Biologia, História, Física, Direito... São tantas áreas que pedem espaço em minha fértil mente que não tenho como negá-las atenção, em especial pelo meu senso benevolente de ser.

A natureza investigativa não me deixa uni-los sem a devida consulta à minha bússola literária: o dicionário.

Sim! Como eu gosto de pesquisar verbetes, descobrir significados, deleitar-me em meio a tantas possibilidades de me expressar melhor!

Em tempos de "agente", "quizer" e conjugações bizarras, a martelar dolorosamente a sua bigorna (a ponto de perder estribos), caçar palavras no pai dos burros original virou até motivo de surpresas humanas.

Fazer o quê se sou um ser que gosta de ser mais? Notem: ser (e não ter)! Possessividade material não perece comigo. Pesos diferentes para medidas distintas!

Sendo assim, antecipo-me a futuros questionamentos acadêmicos sobre o rumo de minha futura monografia.
Adianto as caras e indagações de uma percepção distraída de um paradigma sustentado por acadêmicos pavonados pela manutenção da ordem.

Sustentar anos de formalismo não deve ser tarefa açucarada. Ainda mais sabendo-se do veneno que a substância pode vir a ser. Defendo o direito a visões próprias. Por isso, respeito igualmente as produções diferentes. Enrijeça-se, enquanto eu planarei.

É evitando realizar um trabalho excessivamente aspeado que seguirei na ideia insigne de me fazer presente não apenas na minha assinatura, mas na impressão digitalizada das minhas proposições.

Evoco, então, a defesa do admirado Mark Twain, firmando as aspas neste texto por uma necessidade bastante justificável.

"Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte suas amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra."

Então, invocando os oboés, violinos e pianos internos (instrumentos, por mim, tão cativos), sigo nessa sinfonia vital a fazer pertencer os meus padrões literários a mais uma categoria a ser considerada pela batuta dos maestros acadêmicos (e pelos não acadêmicos também). Pelo direito de ser eu mesma. Sem amarras, a postos para caretas amargas, por uma vida menos ditada.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Parecer técnico

Estou bem, mas quero mais. Conformismo não comporta espaço em mim. O que me cabe é a sensação válida de que preciso de pessoas em contextos mais dinâmicos.

A ação social ainda pouco se manifesta. A realidade se faz condicionada a percursos simples e repetitivos. Rotinas são confortáveis, mas incomodam. Um paradoxo logístico que faz entrar uma constante proteção de tela do Windows no meu painel cerebral.

Sou feliz percebendo-me uma pessoa sociável. O que me falta é achar a senha de desbloqueio interno de uma cultura de autoproteção.

Em muitos contextos sou identificada como um ser comunicativo, com habilidade simpática (e parassimpática) de convivência. Conveniente acreditar que isso me basta? Ao contrário! Ao me perceber com potencial gerenciador de sorrisos alheios é que me credito uma postura menos formal de ser.

É por não querer me sentir com um manual de fábrica integrado, buscando não ser previsível e mecanicista demais, que elaboro esse parecer técnico sobre quem vos comunica.

Afinal, recargas de imprevisibilidade incontida podem ser muito bem-vindas.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Ando procurando


Ando procurando não me aborrecer, mas está difícil...

Ontem um motorista desembestado arrancou o ônibus enquanto eu subia com mochila pesada após 24 horas "no ar" (entre viagem e trabalho). Dois palavrões simples e a sensação de revolta me pertenceram.

Ando procurando não me aborrecer, mas está difícil...

Pela manhã, um barulho similar a duas britadeiras estremece as paredes vizinhas e a conclusão de uma nova reforma no prédio chega à mente. Aumento a música e canto pop/rock na altura e intensidade do Chester Bennington.

Ando procurando não me aborrecer, mas está difícil...

Hoje dois motoristas abestalhados (para ser eufêmica) 'queimaram' a parada após um dia de trabalho. Duas pernas saudáveis e a ideia fixa de voltar para casa caminhando a passos firmes.

Ando procurando não me aborrecer, está difícil, mas...

Lembro-me da situação de saúde delicada de uma familiar bastante querida, após infarto e ausência de funcionamento de alguns órgãos. Ponho os alvéolos pulmonares para funcionarem em conjunto com os axônios e dendritos, para ver se consigo, ao menos em doses homeopáticas, ressecar a dificuldade inflada.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Prévia sentimental

Estive com uma dor de cabeça inconsequente durante esta tarde. Destas que atingem os bastidores dos olhos. Será que algo não visto incomodava-me?

Pudera! Pensamentos juvenis de um coração dado por perdido invadiram a mente da mulher sonhadora. Vinte e sete anos de reflexões constantes sobre todos ao meu redor renderam-me um desprendimento tamanho da realidade, mesmo nela inserida, que me conduziram a uma prévia sentimental angustiante: por que eu não sei o que é estar apaixonada?

Encanto-me fácil pelas possibilidades do que é belo e único. Mas ao me inserir em contextos mais factíveis pego-me numa cilada conflitante. Sou tanto amor e nunca amei. Incompreendo-me: eu sei o que é amar?

Sorrisos cheios não parecem preencher o vazio da dúvida.

Mas e a paixão em minha vida? A chama que arde no ventre humano que faz romper ciclos normais de batimentos cardíacos? Acho que no máximo, para ser otimista comigo, já enxerguei sinais de fumaça internos. Bom ou ruim? Enfim, houve.

É claro que a romântica declarada desejou poder se sentir como as protagonistas das comédias românticas das quais tanto gosta. O "par perfeito" ficaria de fora, afinal a realidade não é tão simétrica.

Então, o que faltou? Não, espera! Ainda não acabou!

Então, o que falta? Não espera!

Repreendo minha energia ilógica sobre esse desconhecido amor.

Desconhecido? Não em um contexto familiar, atesto.
Em contexto de relacionamento a dois, protesto.

E entre infinitas autorreflexões, consigo ouvir as vozes mais importantes em minha vida:

"Minha filha, a vida sem amor não vale a pena", afirma com propriedade a minha avó materna.

"Endie, você é única e cheia de luz. Então, não se arrependa sobre essas questões", conforta convicta a minha mãe.

Assim, sorrio mais leve com a lembrança de amores fraternais na esperança de amor(es) a dois.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Subindo à superfície

Sinto-me presa.

Uma âncora na garganta que me prende no fundo de um oceano profundo de frustrações.

Falta ar.

Quero subir à superfície, mas tenho medo de que um nó de marinheiro ate as minhas mãos para que não consiga chegar à terra firme.

Os peixes estranhos que perpassam ao meu redor me encaram curiosos, posso até jurar que me ofertam sorrisos. Alguns, apontam suas barbatanas em direção ao Sol. Dançam em círculos obtusos ao redor de meus olhos confusos.

Quero subir à superfície, mas meus pés parecem estar acomodados ao plano arenoso.

Há tubarões impávidos rondando por entre os arrecifes, como num sinal de demarcação territorial.

Porém, são as arraias que me assustam. Estas, que voam com suas asas aquáticas pelo cenário aparentemente calmo, trazem discretos ferrões em suas caudas. E estes, por sua vez, me endurecem o espírito, congelando melhores expectativas que possa ter em relação às minhas causas próprias.

Quero subir à superfície e meus pulmões inundados se abraçam ao meu coração enlameado de paixões ressecadas.

Meu fôlego resvala. As últimas moléculas de oxigênio vão escapando se eu seguir neste mundo subaquático, aparentemente encantador, mas, em verdade, agoniador.

Então, num impulso meu desequilibrante, que me toma o último átomo de oxigênio, começo a subir em direção à superfície que estranhamente me cega - talvez pelo brilho que me aguarda, talvez pelo futuro incógnito que me espera. Ambas ótimas razões para ousar sair do que me afunda.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Verdade de Março

"Mas o que é
Vida afinal?
Será que é fazer
O que o mestre mandou?
É comer o pão
Que o diabo amassou?
Perdendo da vida
O que tem de melhor"

(Verdade Chinesa)

Hoje meu estômago acordou embrulhado. 
A garganta, travada.
Os pulmões, enrugados.
O coração, apertado.

A energia da música me informava, de uma forma física, a perda de mais uma voz. O brilho marcante e amável de Emílio Santiago se foi.

O mês de março, de repente, tornou-se o mês das despedidas. Chávez, Chorão, Emílio e o pai de um querido colega.

Aos goles de um chá de boldo, sem adoçante, meu estômago pode até me deixar desembrulhá-lo, porém, a inspiração segue restrita. O oxigênio chega fraco, como água com açúcar para abrandar o coração abatido.

E a morte, que prende os que ficam à saudade, incomoda-me!

Todos os conhecimentos teóricos sobre ela caem por terra (e se enterram). É quando a pele encontra o espinho da rosa (vermelho-sangue pulsante) da vida que passamos a encará-la sem o olhar, até há pouco tempo, inocente.

E quanto mais corremos desse roseiral, mais nosso tecido cutâneo se machuca. E mesmo o Merthiolate ainda o faz arder!

Fugir seria se esconder atrás do vento.

Encarar é saber apreciar a estufa, reconhecendo que há passagens extremamente espinhosas. A questão é não parar num lugar mais confortável e por lá se acomodar. 

O medo nos deixa alerta, faz o sangue percorrer as veias mais friamente. Mas ele tem que ser revisto, pois, em vez de ser uma ferramenta de proteção, o receio constante nos congela, aprisionando-nos a ponto de um equilíbrio cômodo e obsoleto.

Precisamos ultrapassá-lo, como numa corrida contra si mesmo. Ou seria a seu próprio favor?
Sim! Podemos até apressar os passos a nosso caro favor!

E quem sabe se, mesmo com os espinhos do labirinto factível, o perfume das rosas não nos faz querer perceber que anoiteceu. Olhar para o céu e ver como é bom ver as estrelas na escuridão!
Pois o que vale é o sentimento e o amor que a gente tem no coração!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Desabafo de uma mente cansada

Não consigo me concentrar!
Este mundo de percentualidades injustas não me pertence!
Devo aproveitar a chance para perceber que a minha mente pulsante não se limita a cálculos de proventos.
Eu quero mais!
Poder sair das amarras de legislações e números defasados.
Minha massa encefálica treme só de pensar na possibilidade de dedicar mais alguns dias a conhecimentos (quiçá) inaproveitados por mim.
É claro que eu gosto de aprender!
Mas isso?
Desde quando sentir pesar suas pálpebras ardentemente é aprender?
Eu sou mais!
Esses números estão para mim como o porco-espinho está para o urso panda.
Enquanto meu corpo se faz presente, sentindo um contragosto, minha mente flutua num universo paralelo de sonhos e realidades a serem perseguidos.
Eu posso mais!
Mortes recentes minaram minhas fraquezas humanas e estou com as veias e as artérias acordadas, numa insônia de aparência incurável.
Eu vou mais (longe)!
E que minhas pálpebras não se cansem facilmente, pois que a decisão em rumar sob o impulso da garra de Poseidon está lançada nesse mar infinito.

(Texto produzido durante um curso intenso, de um assunto não querido, provocando, consequentemente, uma série de questionamentos filosóficos numa sala de aula. Incrível como leis combinadas com um sistema defasado podem me fazer querer ser mais!)

domingo, 10 de março de 2013

Chorando por uma ponte destruída

Fiquei triste. Ainda estou.

Digerindo, aos poucos, os goles amargos de uma vida perdida.

Não, perdida não. Desprendida.

Desprendida de amor-próprio, de autopiedade e de autorreconhecimento.

Com toda a condenação feita ao egoísmo, reluto em nome do amor a si mesmo. Por que não?

Ser egoísta também é se amar. O importante é saber dosar. Não o amor, mas o egoísmo, por certo.

Por mais que possam vir condenar o meu raciocínio, ninguém merece deixar de pensar em si.

Os caminhos são pedregosos, espinhentos e cheios de truques.

Devemos nos preparar para o "Jumanji". Jogar em parcerias sem se deixar prender pelo jogo.

Infelizmente, enquanto uns se entregam aos desafios propostos, outros propõem desafios aos que ficam para viver.

Alexandre Magno Abrão, o eterno Chorão, tão jovem, foi um deles. Um dos que largaram o desafio e preferiram se deixar engolir pelo jogo.

Jogou contra si e não percebeu a sua riqueza.

Quantos, ricos de lições a compartilhar, já não nos abandonaram nessa selva urticante?

Lágrimas derramadas durante um café da manhã, aparentemente rotineiro, não o trouxeram de volta. Nem mudaram os rumos da situação necessitada de crença.

Assumo que seguirei derramando quantas forem precisas, mesmo que a cada gota um gosto de esperança nessa aventura terrestre se esvaia.

E como uma amostra das riquezas do Chorão, posto uma letra da qual gosto muito, e que vale a pena ser bem apreciada e vivida.


Pontes Indestrutíveis

Charlie Brown Jr.

Buscando um novo rumo
Que faça sentido
Nesse mundo louco
Com o coração partido eu
Tomo cuidado
Pra que os desequilibrados
Não abalem minha fé
Pra eu enfrentar
Com otimismo essa loucura
Os homens podem falar
Mas os anjos podem voar
Quem é de verdade
Sabe quem é de mentira
Não menospreze o dever
Que a consciência te impõe
Não deixe pra depois
Valorize a vida
Resgate suas forças
E se sinta bem
Rompendo a sombra
Da própria loucura
Cuide de quem
Corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura
Fragmentos da realidade
Estilo mundo cão
Tem gente que desanda
Por falta de opção
E toda fé que eu tenho
Eu tô ligado
Que ainda é pouco
Os bandidos de verdade
Tão em Brasília tudo solto
Eu faço da dificuldade
A minha motivação
A volta por cima
Vem na continuação
O que se leva dessa vida
É o que se vive
É o que se faz
Saber muito é muito pouco
"Stay Will" esteja em paz
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Prosperar também
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também
Que importa é se sentir bem
Resgate suas forças
E se sinta bem
Rompendo a sombra
Da própria loucura
Cuide de quem
Corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura
Difícil é entender
E viver no paraíso perdido
Mas não seja mais um iludido
Derrotado e sem juízo
Então!
Resgate suas forças
E se sinta bem
Rompendo a sombra
Da própria loucura
Cuide de quem
Corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Prosperar também
Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também
Que importa é se sentir bem
Viver, viver e ser livre
Saber dar valor
Para as coisas mais simples
Só o amor constrói
Pontes Indestrutíveis

segunda-feira, 4 de março de 2013

Navegar é preciso! (Só não quando o fazem por mim)

Diz o ditado: "O passarinho não canta porque está feliz, ele está feliz porque canta".

Não tenho cantado o quanto quero, nem o quanto preciso. Mas fico feliz quando o faço. Minha felicidade é, também, cantar.

Pensando no que tanto quero é que comecei a me perguntar: o que de fato quero?

O questionamento é bastante pertinente em meu cenário um pouco agitado, assumo, ultimamente.

"Donas de Felicidades" têm me procurado. Então, deveria estar receosa? Receosa pois que estou, e bastante.

Felicidades alheias são boas, igualmente me fazem bem. Porém, o que me intriga são aquelas que tentam visualizar em mim. "Aquela velha opinião formada sobre tudo".

Todo mundo tem opiniões (e pitacos, sim, esses vêm aos montes - e têm sido recorrentes em minha vida, até então levada a passos calmos e calculados).

O incômodo surge quando essas opiniões interferem no meu ser.

Sou simples. Mas não o sei ser quando o são por mim.

Fico confusa. Estou confusa. E isso é ruim.

Ok, por certo admitamos a importância de se mexer nas estruturas. Ventos mais fortes são bons para mover as velas.

Entretanto, e quando esses ventos ajudam a chamuscar as velas?

Chamas clamam pela vida. Mas pelo fogaréu e pelos ventos intensos minhas velas estão quase a derreter.

São fogos e artifícios alheios que têm aparecido com uma intensidade jamais vista.

Devo admitir que gosto de rotinas até certo ponto. Temperos diferentes são sempre bem-vindos, de quando em quando.

Porém, quero poder mudar a direção das minhas próprias velas. Içar a âncora e navegar mares desconhecidos. Desbravar terras diferentes que me façam querer conhecê-las mais e mais. Apaixonar-me pelo novo horizonte e com a possibilidade de segurar o leme de minha embarcação.

Há capitães de areias por demais ao meu redor. Acho que estou vendo a hora de a tempestade em mim brotar e devolvê-las às suas praias, onde deveriam ficar, para que possam ser ao menos, e com tanta empolgação, matéria-prima de castelos quiméricos.

"Intenção sem ação é ilusão. Ouse fazer e o poder lhe será dado", disse o Dr. Lair Ribeiro (em O sucesso não ocorre por acaso).

Eu quero. Eu vou conseguir o que quero.

(Peço permissão pela cacofonia a mim necessária, tamanha a vontade de escolher as minhas próprias cartas náuticas)

Só não quero que o que quer que eu queira queiram-no por mim!